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Mauro Cid diz à PF que entregou dinheiro de venda de relógios nas mãos de Bolsonaro

Antes, valor teria sido depositado na conta do pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou à PF (Polícia Federal) que entregou “em mãos” ao ex-chefe do Executivo o dinheiro obtido com a venda de dois relógios nos Estados Unidos. A informação foi publicada nesta quinta-feira, 14, pela revista Veja. Ambos os relógios, vendidos por US$ 68 mil, foram presentes recebidos por Bolsonaro de delegações estrangeiras. Um deles, da marca Rolex, foi readquirido por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. O próprio Wassef admitiu que recomprou o relógio. Já o paradeiro do outro modelo, da marca Patek Philippe, é desconhecido. A reportagem da Veja diz que Cid revelou que o dinheiro da venda dos relógios foi depositado na conta de seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid. Na sequência, o dinheiro teria sido sacado e entregue em espécie a Bolsonaro. De acordo com Cid, o ex-presidente estaria “preocupado com a vida financeira” porque havia sido “condenado a pagar várias multas”.

No último dia 9, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liberdade provisória a Mauro Cid e também homologou o pedido de acordo de delação premiada apresentado pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Solto depois de quatro meses, o militar usa tornozeleira eletrônica, não pode ter contato com outros investigados – como o ex-presidente –, se afastou de suas funções no Exército e deve permanecer em casa durante as noites e finais de semana. A defesa de Cid apresentou os pedidos de acordo de colaboração e de liberdade provisória no dia 6 de setembro. A Polícia Federal já havia informado que tinha aceitado a delação. Mauro Cid foi preso por suposta falsificação de cartões de vacinação da família Bolsonaro, mas também é investigado por suspeita de ter participado do esquema de venda de joias recebidas pelo ex-presidente e de tratativas sobre simulação de invasão a urnas, além de estimular atos como os ataques de 8 de Janeiro.

*Com informações da repórter Iasmin Costa.

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