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Autores de “Como as democracias morrem” comparam pós-Trump e pós-Jair

O novo livro da dupla de cientistas políticos Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, autores do best-seller “Como as democracias morrem”, chega ao Brasil em novembro com um prefácio exclusivo, que analisa como o Brasil e os Estados Unidos lideram com Jair Bolsonaro e Donald Trump após as respectivas derrotas eleitorais. Em “Como salvar as democracias“, os autores sustentam que nós temos acertado bem mais que eles na tarefa de proteger a democracia, com a punição e crescente marginalização política de Bolsonaro.

Levitsky e Ziblatt explicam que líderes autoritários como Trump e Bolsonaro não consegue destruir sozinhos a democracia. Precisam da ajuda de políticos tradicionais que “toleram, ajudam e protegem os autoritários” — o que o cientista político espanhol Juan Linz os chama de “democratas semileais”.

O problema é que, nos Estados Unidos, explicam os autores, os republicanos têm sido “esmagadoramente semileais”, sustentando o autoritarismo de Trump, ao questionar os resultados da eleição de 2020 protegendo-o nas investigações do atentado ao Capitólio no 6 de janeiro de 2021 apoiando sua candidatura à Presidência em 2024.

Escreveram os autores, sobre o Brasil:

“O desenrolar da história foi muito diferente no Brasil. Em nítido contraste com os republicanos dos Estados Unidos, na mesma noite em que a vitória de Lula foi anunciada os principais aliados de direita de Bolsonaro a reconheceram de maneira pública e inequívoca: o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; os recém-eleitos governadores Tarcísio de Freitas (de São Paulo) e Romeu Zema (de Minas Gerais); e os principais ministros do governo. Na verdade, a impressão que fica é a de que, embora Bolsonaro — como Trump — tenha procurado reverter a eleição, ele não chegou muito longe porque as elites políticas e militares deixaram claro que não o apoiariam. A direita brasileira também condenou vigorosamente a insurreição de 8 de janeiro. (…) no Brasil os tribunais proibiram Bolsonaro de concorrer a qualquer cargo público por oito anos — e pouquíssimos políticos de direita saíram em sua defesa”.

Mas Levitsky e Ziblatt dão uma escorregada na sequência desse trecho, ao dizer que “políticos de direita no Brasil lideraram o esforço por uma investigação em âmbito parlamentar”. Na verdade, a extrema direita queria uma investigação parlamentar para tentar criar uma narrativa falsa de que o governo Lula havia deixado o 8 de janeiro acontecer para se beneficiar.

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