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Salles deve deixar o PL sem perder o mandato em negociação para partido emplacar vice de Nunes

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, chegou a um acordo para as eleições de 2024 e concordou em dar uma carta de anuência para o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) se desfiliar da legenda sem perder seu mandato. A informação foi confirmada nesta quinta-feira, 26, pelo parlamentar ao site da Jovem Pan. O acordo foi costurado por intermédio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presidente de honra do partido e entusiasta da candidatura de Salles à Prefeitura de São Paulo. A dispensa formal é necessária em virtude da Lei de Fidelidade Partidária. À reportagem, o ex-ministro do Meio Ambiente afirmou que a proposta é que Valdemar facilite a desfiliação do deputado no “momento oportuno”. A formalização, no entanto, deve ocorrer apenas quando Ricardo escolher o novo partido – o que não tem data para acontecer. “Não é a minha saída imediata do PL. Ter a carta para sair se eu quiser, quando quiser e para o partido que quiser. Agora, esse destino ainda não tenho resolvido”, esclareceu o parlamentar.

O acordo pacífico para desfiliação de Salles é resultado de uma série de intempéries entre o partido e o ex-ministro. Desde o início do ano, a eleição à prefeitura da capital paulista impõe uma espécie de bate-cabeça entre lideranças do PL. De um lado, filiados defendem que a sigla tenha candidatura própria ao governo local e indicam Ricardo Salles como o nome ideal para a disputa, que tem como principal oponente o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), apoiado pelo Partido dos Trabalhadores e pelo presidente Lula. Por sua vez, caciques da legenda – como o próprio Valdemar – encabeçam a proposta de apoio dos liberais à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) como alternativa única. Em conversas com aliados, Valdemar costuma dizer que, em sua avaliação, a cidade de São Paulo não vai eleger um “radical” – por isso, segundo o raciocínio pragmático do cacique, o ideal é apostar em um nome de centro-direita, como é o caso de Nunes. O mal-estar é tamanho que Salles, que chegou a ser considerado como pré-candidato, anunciou sua desistência da disputa em junho deste ano: “Centrão venceu”, disse o político na ocasião. O ex-ministro também ameaçou ir à Justiça, se necessário, para conseguir se desfiliar e concorrer à Prefeitura de SP em 2024.

Agora, com o acordo costurado e a “carta branca” para a provável saída de Salles, ganha fôlego a proposta de chapa conjunta com Nunes. Interlocutores ouvidos pela reportagem ponderam que, encerradas as discussões sobre candidatura própria, a expectativa é que o Partido Liberal formalize apoio ao atual prefeito e indique o candidato para vice. Ainda que apoiado por Valdemar, o cenário esbarra na aprovação de Bolsonaro. Como o site da Jovem Pan antecipou, o ex-presidente não esconde o apreço pela candidatura própria de seu ex-ministro. Na última terça-feira, 24, o ex-chefe do Executivo expressou seu desejo de que o deputado “tenha sucesso” em sua candidatura a prefeito de São Paulo. A declaração foi interpretada como um sinal público de afastamento entre o político e o atual prefeito da capital paulista. Nunes, por sua vez, busca estreitar os laços com o PL para conquistar o ex-presidente e já reafirmou, inclusive, sua confiança no apoio de Bolsonaro em 2024.

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