São Paulo – O traficante Edmar da Silva Alves, o Irmão Pureza, de 35 anos, acusado de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), acordou com os policiais civis entrando no apartamento onde estava escondido em Praia Grande, no litoral paulista, na manhã de sexta-feira (10/11).
Condenado a mais de 18 anos de prisão por tráfico de drogas, Irmão Pureza era considerado foragido da Justiça e aproveitava uma vida de luxo. Ele foi capturado na Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Vila Caiçara, bairro de alto padrão, em um imóvel a poucos metros da praia, por volta das 6h30.
Os agentes encontraram R$ 855 em espécie, sete celulares e joias no local – um anel, três pingentes e cinco colares. Também apreenderam um Hyundai Creta Ultimate e um Fiat Fastback Turbo 270, ambos ano 2023, além de uma motoneta Honda PCX 150. Os carros são avaliados em R$ 177 mil e R$ 154 mil.
Segundo o boletim de ocorrência, a ação foi resultado de uma investigação de seis meses para “prender uma célula ligada à facção criminosa denominada PCC”. O paradeiro de Irmão Pureza foi descoberto após buscas pelas cidades de Mongaguá, Cubatão e Praia Grande.
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Veículos atribuídos a traficante são avaliados em mais de R$ 150 mil, cada Divulgação/SSP
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Motoneta foi apreendida pela polícia Divulgação/SSP
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Na casa de traficante, polícia encontrou dinheiro, celulares e joias Divulgação/SSP
Prisão Os policiais tinham mandado de busca e apreensão no apartamento e, para entrar, tiveram que fazer “uso de força moderada”. O traficante foi encontrado dormindo na cama de casal.
Contra ele, já havia uma mandado de prisão temporária. Irmão Pureza não resistiu à prisão, foi algemado e levado para a Cadeia Pública de Santos.
De acordo com a investigação, o traficante estava usando o nome falso de Lincoln Rodrigues de Souza. A Justiça também ja havia autorizado o bloqueio de R$ 40 mil das suas contas bancárias, por indícios de lavagem de dinheiro do PCC.
“Além de não exercer nenhuma ocupação lícita, reside em um prédio de luxo na cidade de Praia Grande, reservando-se suas saídas apenas no período da madrugada”, diz a ordem judicial para prendê-lo.
Na audiência de custódia, realizada no sábado (11/11), o juiz Cândido Alexandre Munhóz Perez. do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), confirmou a prisão do traficante. “A prisão está formalmente em ordem e decorre de mandado de recaptura”, registrou.