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Presidente da Petrobras e ministro de Minas e Energia entram em rota de colisão por preço dos combustíveis

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reagiu à pressão do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que publicamente cobrou a redução no preço dos combustíveis. Em uma série de postagens no X (antigo Twitter), Prates afirmou que a Petrobras adotou uma nova estratégia comercial que prioriza o “não repasse da volatilidade do mercado internacional do petróleo”: “Não queremos levar para dentro da casa do consumidor a incerteza gerada por fatores geopolíticos imprevisíveis”. O executivo fez referência à mudança da política de paridade de importação dos preços dos combustíveis, criada no governo de Michel Temer, e que era atrelada ao movimento das cotações do petróleo e do dólar. Segundo Prates, em seis meses da nova estratégia, foram feitos quatro ajustes na gasolina e três no diesel: “Não faz sentido agir por impulso ou açodamento – como fez o Governo Bolsonaro todo o tempo, quanto a isso. Canso de repetir: a Petrobrás não ‘faz’ o preço do mercado, e tem sua política comercial definida de acordo com seus parâmetros técnicos, logísticos e operacionais. Portanto, a Petrobrás fará ajustes quando e como tais parâmetros indicarem pertinência”.

Prates ainda disse que, se o Ministério de Minas e Energia quiser orientar a Petrobras a baixar os preços de combustíveis diretamente, será necessário seguir a Lei das Estatais e o Estatuto Social da companhia: “A União deverá orientar formalmente a Petrobras por meio de um ato normativo (lei ou regulamento); deverá firmar contrato, convênio ou outro ajuste estabelecendo as condições em que se dará, com ampla publicidade; os custos e receitas referentes a medida deverão ser discriminados e divulgados de forma transparente, inclusive no plano contábil; a proposta de orientação da União deverá ser submetida ao Comitê de Investimentos e ao Comitê de Minoritários, que avaliará se as condições a serem assumidas pela Petrobras requerem que a União compense a Petrobras pela diferença”, explicou o presidente da estatal.

O ministro de Minas e Energia logo reagiu às declarações. Em entrevista, Silveira voltou a cobrar Prates para que reduza o preço dos combustíveis o que, segundo ele, contribuiria para manter a inflação dentro da meta e ressaltou que, mesmo buscando atrair o interesse dos investidores, a Petrobras tem uma função social e deve se alinhar à promessa de campanha do presidente Lula (PT) de conter a inflação. Segundo Silveira, diante de quedas no valor do barril, o argumento de Prates de não repassar a volatilidade do petróleo ao consumidor, reduzindo o preço nas bombas, não se sustenta.

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