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Argentina vai romper com o Brasil após a vitória de Milei? Veja o que dizem os especialistas

A vitória de Javier Milei no 2º turno das eleições presidenciais na Argentina pode colocar o país em rota de colisão com o Brasil. Antes do primeiro turno, o candidato que se tornou vencedor no país vizinho chamou Lula de “comunista corrupto” e disse que dispensaria qualquer relação diplomática com o governo brasileiro. Ao parabenizar a vitória de Milei, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem sequer citou o nome do presidente eleito. O presidente brasileiro, inclusive, não deve á comparecer à posse de Milei. Durante a campanha eleitoral, o presidente eleito cogitou deixar o Mercosul. Durante o programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan News, desta segunda-feira, 20, especialistas acredita que o duro discurso não deve ser cumprido. “As eleições acabaram. Diante de todo o problema que ele tem, será o mais pragmático possível, especialmente nas relações que fomentam a Argentina economicamente. O Brasil é o principal parceiro econômico da Argentina e a Argentina é segundo principal do Brasil. É importante a manutenção dessas relações. Óbvio que viés ideológico trará algumas rusgas em relação a Lula e Milei, mas isso não impede essa manutenção. Se ele pretende estruturar economicamente a Argentina, esse tratado do Mercosul e da expansão do Brics também é importante para a Argentina conseguir um folego econômico”, opinou Acácio Miranda.

Na opinião do advogado Felippe Monteiro, uma eventual saída da Argentina do Mercosul não faz sentido. “A Argentina tem um cultura agrária de país frio. Então ela concorre com Canadá, Chinas, Estados Unidos e Rússia. A competividade dela é muito maior do que o Brasil, que tem uma cultura tropical. O agro do Brasil consegue fazer frente em muitos aspectos. Se a Argentina sair, vai ser mais barato para o Brasil comprar grão do Canadá, piorando a situação econômica. Não tem sentido o Milei sair do Mercosul. Pelo contrário, ele vai querer mais. Vai querer melhorar a gestão do Mercosul em si”. Para a economista Olivia Carneiro, as relações comerciais entre os dois países devem se impor. “Não tem o porque o Milei ficar com briga política se isso irá favorecer o governo dele, que está  encurralado”, disse. Já o consultor político, Wilson Pedroso, afirma que na prática o mundo das diplomacias funciona de maneira diferente. “As diplomacias embaixo se movimentam diferente do discurso político. Os acordos de Mercosul tem o mundo empresarial de olho. Não é só governo. Muito discurso, mas na prática, o mundo lá embaixo funciona diferente”, finalizou.

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