O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, futuro secretário Nacional de Segurança Pública, comentou sobre a articulação para criação de um Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na esfera federal. A declaração do novo nome do Ministério da Justiça ocorreu durante entrevista à Globonews, na tarde desta quinta-feira (18/1).
“O que o ministro [Ricardo Lewandowski] nos pede é que a gente possa criar um grande Gaeco Nacional. Olhando isso para os estados, um Gaeco que possa ser algo dos estados e também do Ministério Público Federal [MPF], para que a gente possa ter uma ação conjunta”, afirmou Sarrubbo.
O futuro secretário de Segurança Pública destacou que ainda não há uma formatação sobre como vai funcionar o Gaeco Nacional. No entanto, ressaltou que um trabalho conjunto entre os grupos estaduais funcionou em diversos momentos e que algo em parceria com as forças de segurança federais ampliaria o combate ao crime organizado.
O atual procurador-geral de Justiça de São Paulo esclarece que os Gaecos trabalham no ataque às organizações, na investigação de servidores públicos corruptos e também em torno da lavagem de dinheiro.
“Toda organização criminosa existe para obter lucro. E, para que esse lucro possa ser utilizado e usufruído pelos criminosos, essa lavagem, muitas vezes, em algum momento, dependendo da atividade que se faz, é de atribuição do Ministério Público Federal”, completou o futuro secretário Nacional de Segurança Pública.
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Mario Luiz Sarrubbo e Ricardo Lewandowski Reprodução
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Mario Sarrubbo na posse de Paulo Gonet como PGR Reprodução
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Mario Sarrubbo, procurador-geral de Justiça de SP Reprodução/MPSP
Novo Ministério da Justiça O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na última semana o nome do ex-ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), para comandar o Ministério da Justiça após a saída de Flavio Dino, que assumirá uma vaga na Suprema Corte no final de fevereiro.
O petista deu total autonomia para Lewandowski montar a sua equipe no Ministério da Justiça, o que inclui a indicação de secretários. “Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que fosse, fosse escalar o meu time”, disse o presidente.
Lewandowski começou a definir os nomes que irão integrar a sua equipe à frente da Justiça. O ex-ministro do STF possui uma boa relação com o Judiciário, no entanto, ainda deve superar alguns desafios para ampliar sua atuação no combate ao crime no Brasil.
Dessa forma, Lewandowski convidou o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mario Luiz Sarrubbo, para a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Sarrubbo é considerado por muitos como “linha-dura” em decorrência da sua trajetória no Ministério Público. Ele também atuou como subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais e Institucionais e possui uma relação com o ministro Alexandre de Moraes, do STF.