O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira, 29, que irá pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) os nomes de parlamentares monitorados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão do ex-diretor geral do órgão, atualmente deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ). “Encaminharei ao Supremo Tribunal Federal ofício solicitando os possíveis nomes de parlamentares clandestinamente monitorados pela Agência Brasileira de Inteligência, dada a gravidade que um fato dessa natureza representa.”, afirmou Pacheco, em nota. Nesta manhã, a Polícia Federal (PF) cumpriu nove mandados de busca e apreensão durante nova fase da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira, 25. Como a Jovem Pan mostrou anteriormente, um dos alvos foi o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A investigação foi desencadeada após a descoberta de que a Abin utilizou o software First Mile para monitorar adversários políticos de Bolsonaro e apura o uso ilegal desse sistema de geolocalização por parte de servidores da agência. Segundo apurações da PF, a ferramenta foi utilizada mais de 30 mil vezes num período de dois anos e meio.