Israel Katz, ministro das Relações Exteriores do governo de Benjamin Netanyahu, publicou comunicado muto duro em uma rede social; Palácio do Planalto não pretende se desculpar
Tobias Schwarz/AFP
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel
O governo de Israel cobrou publicamente um pedido de desculpas do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pela comparação entre a operação de Israel contra o Hamas e o Holocausto, como ficou conhecido o massacre de 6 milhões de judeus pelo exército nazista na Segunda Guerra Mundial. Em um comunicado muito duro na rede social X (antigo Twitter), Israel Katz, ministro das Relações Exteriores do governo de Benjamin Netanyahu, disse que “ainda não é tarde para aprender história e pedir desculpas”. Enquanto não fizer isso, diz Katz, Lula “continuará sendo persona non grata em Israel”. No entanto, segundo apuração da repórter Luciana Verdolin, da Jovem Pan News, a chance de o presidente pedir desculpas é zero.
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“É necessário lembrar ao senhor o que Hitler fez?”, declarou Katz. “Levou milhões de pessoas para guetos, roubou suas propriedades, as usou como trabalhadores forçados e depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-las sistematicamente. Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel.” O ministro israelense ainda chamou o Hamas de ” novos nazistas” que “assassinaram qualquer judeu que viam pela frente”, lembrando o ataque do último 7 de outubro. Katz disse a comparação feita por Lula é “promíscua” e “delirante”, “uma vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros”.