São Paulo — Uma erosão que teve início há oito anos coloca em risco boa parte do Parque Severo Gomes, na região de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Moradores do entorno e frequentadores do local afirmam que nenhuma solução foi apresentada pela Prefeitura, que é responsável pelo local, e agora um córrego está sendo inundado até por esgoto. O caso já chegou até o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
O problema se agravou em janeiro, quando a erosão provocou o rompimento de uma tubulação de esgoto da Sabesp, com milhares de litros de dejetos sendo lançados no Córrego Judas, que corta o parque.
Segundo a engenheira Josane Rangel, que faz parte do conselho gestor do Severo Gomes e também é conselheira participativa municipal da Subprefeitura de Santo Amaro, muitas árvores já foram perdidas na área afetada pela erosão. “Era um local usado para educação ambiental e representa 25% do total do parque”, afirma.
Josane diz também que foram feitas diversas notificações às autoridades ao longo dos últimos anos, sem que qualquer solução definitiva fosse adotada. Agora, com o lançamento do esgoto a céu aberto, a situação ficou insustentável.
“A cratera chegou praticamente na calçada, um risco enorme de acidente”, afirma.
Diante da falta de respostas por parte da prefeitura, moradores e frequentadores do Severo Gomes, que chega a receber mil pessoas por dia durante os fins de semana, pretendem realizar neste domingo (10/3), às 11h, uma manifestação no local.
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
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Erosão e esgoto a céu aberto no Parque Severo Gomes, na zona sul de São Paulo Arquivo/Josane Rangel
Diante da ausência de solução, o caso chegou até o MPSP. Promotora do Meio Ambiente da capital, Maria Gabriela Ahualli Steinberg manifestou-se no último dia 19 de fevereiro e oficiou Subprefeitura de Santo Amaro, Sabesp, entre outros órgãos.
“Passados praticamente oito anos, não há perspectiva de resolução desse problema, especialmente diante do rompimento da rede de esgoto na parte fechada do Parque, que vem liberando milhares de litros de esgoto na água do córrego e causando o solapamento de grande extensão do solo dessa área”, diz a promotora.
Maria Gabriela ressalta na manifestação que os responsáveis, “mesmo após a instauração de processos administrativos, vistorias técnicas e licitação de obras de reparo, ainda não adotaram nenhuma medida concreta para tanto, o que vem agravando a degradação desse espaço ambientalmente protegido, muito utilizado para educação ambiental, dentre outras atividades”.
O que dizem as autoridades Questionada sobre o problema que teve início há oito anos, bem como sobre as providências que pretende tomar, a prefeitura disse que as Secretarias do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB) “estudam a melhor solução técnica para conter a erosão no Parque Severo Gomes”. “A gestão apresentará todas as informações solicitadas pelo ministério público dentro do prazo”, disse, em nota.
Já a Sabesp afirmou que a erosão no Parque Severo Gomes está relacionada à drenagem urbana, “que não é de responsabilidade da companhia”. A Sabesp está em tratativas com a Secretaria Municipal de Verde e Meio Ambiente para viabilizar a recomposição do sistema de esgoto que foi afetado pela erosão.