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Fundação Casa: ausência de terceirizados facilitou fuga, dizem agentes

São Paulo – Funcionários da Fundação Casa afirmam que a fuga de oito adolescentes da unidade da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo, foi facilitada pela ausência de trabalhadores da Protec, empresa terceirizada de segurança responsável pela operação de portões automáticos. A Corregedoria da Fundação Casa instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido.

Segundo funcionários, a fuga ocorreu enquanto a equipe se preparava para dar medicação aos internos, por volta das 17h desse domingo (10/3). Um adolescente teria aplicado um “mata leão” em um trabalhador na gaiola que dá acesso à área externa do prédio, obrigando um outro funcionário a abrir o portão automático para que ele fosse solto. Nesse momento, os menores de idade teriam conseguido escapar.

“O moleque ‘ganhou’ que não tinha ninguém ali e ‘ganhou’ que o acesso ao refeitório fica aberto. Então ele rendeu um funcionário. Na hora que ele rendeu um funcionário, tiveram que abrir a gaiola para tentar resgatar ele. Se não, iam matar o cara. E aí os moleques que estavam fora da gaiola seguraram o portão e entraram também”, diz um funcionário da Fundação Casa ao Metrópoles em reservado.

“Eu ouvi um barulho. Quando a gente desceu correndo, já tinha acontecido tudo. Nós ajudamos a fechar a gaiola para os outros não fugirem. Não foi o funcionário, e a empresa não mandou ninguém para colocar ali”, completa ele.

A Protec é responsável por operar a guaritas de vigilância externa e “gaiolas” automáticas em diferentes unidades da Fundação Casa. Há aproximadamente um mês, funcionários da empresa pararam de comparecer a seus postos de trabalho devido a um atraso de salários. Trabalhadores relatam que estão há cerca de dois meses sem receber.

“Todas as unidades funcionam sob o mesmo esquema. Lá na Leopoldina são dois vigilantes por turno. Um opera a gaiola interna e outro fica na portaria. Ainda tem um almocista. Mas nós estamos desde fevereiro sem receber. Então desde 12 de fevereiro o pessoal foi parando de comparecer”, diz um funcionário da Protec.

A empresa não teria dado explicações sobre o atraso no pagamento, dizendo apenas que estaria com suas contas bloqueadas. Trabalhadores relatam que foram removidos de grupos de WhatsApp por supervisores e que não têm mais certeza se vão receber.

Diante da ausência dos funcionários da Protec, trabalhadores da Fundação Casa têm sido remanejados para garantir a segurança das unidades. Segundo relatos, havia cerca de 11 trabalhadores atuando no momento da fuga.

Questionada pelo Metrópoles, a Fundação Casa afirmou que tem como política não informar quantos trabalhadores atuam em cada unidade. Segundo o órgão, no momento da fuga, servidores cobriam os postos deixados pelos contratados da empresa terceirizada.

O Metrópoles questionou a Protec sobre o atraso no pagamento dos funcionários da empresa e sobre a ausência nos postos de trabalho, mas, até o momento da publicação da matéria, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

Menor apreendido Um dos adolescentes que fugiu na tarde desse domingo (10/3) foi recapturado pela Polícia Militar nos trilhos da CPTM, próximo à estação. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, os demais continuam sendo procurados.

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