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Lulinha Paz e Amor morreu. Foi enterrado ontem.
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15:16
Na reunião, ontem, em que decidiu o destino do correspondente do New York Times no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resistiu aos apelos de ministros e de assessores para que não tomasse a decisão que tomou.
Todos ou quase todos que ele ouviu foram contra a cassação do visto de permanência no país do jornalista. A certa altura da reunião, um dos ministros argumentou:
– Presidente, o jornalista é casado com uma brasileira. E a Constituição concede a ele o direito de ficar aqui…
A frase do ministro foi interrompida pelo comentário do presidente:
– Foda-se a Constituição.
O presidente estava furioso. Mais do que furioso: descontrolado em alguns momentos. Berrou, disse palavrões e esmurrou a mesa do seu gabinete de trabalho no Palácio do Planalto.
A decisão de expulsar o jornalista foi dele, unicamente dele.
O ministro Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, está em Genebra, a serviço. Consultado por telefone, foi contra expulsar o jornalista. Só soube que a expulsão fora decretada depois que ela fora assinada pelo ministro interino da Justiça.
Os ministros Luiz Gushiken, da Comunicação Social, e Celso Amorim, das Relações Exteriores, também foram votos vencidos. Gushiken telefonou hoje para Thomaz Bastos e conversou a respeito.
Os dois, mais Celso Amorim e outros auxiliares do presidente estão tentando reverter a decisão dele. Já avaliaram que foi péssima e que só tenderá a ser pior a repercussão do ato presidencial – aqui e lá fora.
O presidente continua determinado a não voltar atrás.