InícioEntretenimentoCelebridadeAssédio na Record: jornalista que deu queixa não foi recontratado

Assédio na Record: jornalista que deu queixa não foi recontratado

Elian Matte, jornalista demitido da Record TV que sofreu assédio de Márcio Santos, ex-diretor de RH da emissora, deverá ser recontratado. É o que exigiu a Justiça de São Paulo, na última sexta-feira (23/5). As informações são da coluna F5, da Folha de S. Paulo.

Em abril, o editor do programa de Roberto Cabrini, Câmera Record, expôs para a coluna Fábia Oliveira que havia sido vítima de uma emboscada, depois de ser chamado para uma reunião e ser trancado numa sala para que assinasse sua demissão.

Elian estava trabalhando em home office, já que havia sido diagnosticado com Síndrome de Burnout, após os episódios de abuso nas instalações do canal. Fontes desta colunista contaram com exclusividade que Matte soube da decisão da Justiça na mesma noite do veredito, mas que ainda não sabe em qual produção do canal será realocado.

Ainda de acordo com a fonte, o profissional ainda não recebeu nenhum contato da Record TV avisando sobre seu retorno. Na reintegração, a emissora tem até 10 dias para recontratar Elian Mate, depois de receber a notificação. Caso não cumpra a obrigação, será multada diariamente em R$ 100 mil.

Elian Matte denunciou Márcio Santos em novembro do ano passado. Ele registrou a ocorrência na polícia, mas afirmou que vinha sendo perseguido pelo diretor desde 2022.

Márcio Santos, diretor da Record TV e Elian Matte, vítima de assédio

Elian Matte deu queixa contra o ex-diretor da Record TV, Márcio Santos Reprodução

Elian Matte, jornalista da Record TV

Elian Matte, jornalista da Record TV , que denunciou assédio na emissora Reprodução

Elian Matte, jornalista da Record TV

Elian Matte era editor do programa de Roberto Cabrini, Câmera Record Reprodução

Elian Matte, jornalista da Record TV

Elian Matte terá que ser recontratado pela Record TV Reprodução

Elian Matte, que denunciou ter sofrido assédio de um diretor da Record TV

Elian Matte, que denunciou ter sofrido assédio de um diretor da Record TV Reprodução

Sobre a demissão

O profissional, que estava afastado do trabalho presencial e atuando em home office, após ser diagnosticado com Síndrome de Burnout, um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante do excesso de trabalho, afirmou ter sido enganado pela moça, que queria, na verdade, demiti-lo às escondidas.

“Ela [Angelica Balbin] me chamou pra uma reunião hoje à tarde, dizendo que precisava conversar comigo sobre mudanças na Record, que não podia se aprofundar mais sobre o assunto. Como eu não queria entrar na redação, por conta do que passei lá, propus que o encontro fosse numa sala discreta, somente nós dois. Ela concordou”, explicou.

Matte prosseguiu: “Chegando lá, ela falou que estava me desligando. Veio uma pessoa do RH, com uma papelada, pedindo pra eu assinar. Mas eu não assinei, pois fui orientado que não poderiam me demitir até julho, porque estou em tratamento de saúde, justamente por causa da Record”.

Segundo Elian, por causa do Burnout, o próprio canal declarou o acidente de trabalho, depois do laudo de um médico, em 21 de julho de 2023, perdurando até 2024. Na ocasião, ele foi perseguido por Márcio e teve sua genitália fotografada pelo profissional, delatando Santos publicamente, que foi indiciado pela Polícia Civil e teve o contrato com o canal encerrado.

Elian Matte acredita que o episódio foi uma retaliação por tonar o caso público: “A mulher do RH me prendeu na sala, botou o pé na porta. Eu tive que puxar a porta com força pra poder sair. Elas me colocaram numa situação constrangedora, que eu nunca passei. Elas fizeram uma emboscada. Me chamaram dizendo que era uma reunião, apenas eu e a Angelica, e era pra fazer a demissão”.

E continuou: “Totalmente diferente, porque eu acho que, no mínimo, depois de tudo que eu passei lá, era pra ter respeito. Se tivesse que me demitir, era pra ser um processo mais cuidadoso, se possível fora da TV, que fosse por telefone. Eu não sei. Mas não da maneira como foi”.

Matte ainda apontou que o maior problema foi a dispensa durante um período em que não poderiam desligá-lo. “[Não é possível] demitir uma pessoa que está em tratamento de saúde, com vários relatórios médicos”, reforçou.

Relembre o caso:

Elian Matte falou que chegou a ceder às investidas do ex-diretor de RH da Record TV, Márcio Santos, mas que a situação chegou ao limite depois dele usas as instalações do canal para monitorá-lo.

“Sou roteirista do programa do Cabrini e, desde o ano passado, venho sendo alvo de assédio sexual por arte do diretor de RH da Record, Márcio Santos. São pedidos insistentes para sair e apesar das minhas negativas, continuou com conversas no WhatsApp onde pergunta o tamanho do meu órgão genital, onde diz que tem ciúmes doentio por mim e que precisa de ajuda médica”, dizia um trecho do boletim.

O jornalista chegou a contar que, com medo de ser demitido da empresa, cedeu ao diretor por um período. No entanto, a situação teria piorado quando Márcio passou a usar a estrutura da Record para monitorar o que Elian Matte fazia por lá.

“Com medo de ser demitido (até pelo cargo que ele ocupa), eu até cedi por um período, tinha medo de cortá-lo e ser dispensado. Mas tudo piorou quando começou a usar a estrutura da TV para me monitorar. Pelas câmeras de segurança da redação, aproximava a câmera no volume da minha calça e perguntava se eu estava de ‘pau duro’. Fez isso por diversas vezes”, declarou.

Ainda no boletim de ocorrência, Elian Matte relatou que Márcio pediu que ele chegasse perto de seu carro no estacionamento pois o sequestraria. “Reclamou que eu não retribuía pornografias, que eu só enrolava, pois não topava sair com ele. Em uma das mensagens pediu para que eu não chegasse perto do carro dele no estacionamento, pois me sequestraria”, falou.

O jornalista da Record TV também explicou que pediu ajuda médica a uma clínica do Grupo Record e foi diagnosticado com burnout. No entanto, teve o atestado alterado após a médica ser ameaçada pelo setor de RH.

“Tive crises fortes de burnout, procurei ajuda com a médica da Hadassah (clínica do Grupo Record). Ela me afastou, me diagnosticou com burnout, emitiu um atestado com o CID da doença. Uma semana depois, a médica me envia mensagens dizendo que foi ameaçada pela direção e precisa me enviar um novo atestado modificado, pois era proibido o diagnóstico de burnout. Estou com os atestados alterados. Houve quebra de sigilo médico, alguém do RH ameaçou a médica”.

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