O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a ideia de construir casas provisórias no Rio Grande do Sul, em meio às enchentes que atingem a região. Essa decisão foi tomada após o governador Eduardo Leite anunciar a instalação de 500 moradias temporárias em áreas afetadas pela tragédia. Lula fez a declaração nesta terça-feira (11) durante um evento em Recife, onde destacou a importância de construir moradias permanentes, com infraestrutura adequada, em vez de investir em casas provisórias. Ele ressaltou a necessidade de garantir segurança e qualidade de vida para a população atingida pelas enchentes.
Lula disse ter comunicado ao ministro das Cidades, Jader Filho, que o governo federal não fará investimentos em casas provisórias. “Tem sempre a ideia de que é preciso cuidar para fazer uma casa provisória. Eu falava: Não tem casa provisória”, comentou. “É melhor dizer a verdade para o povo, é melhor dizer que destruir é muito rápido, construir é muito demorado, mas a gente vai ter que encontrar terreno sólido, vai ter que fazer casa com rua, com esgoto, com água, com energia elétrica, com área de lazer para as crianças, com escola”, acrescentou Lula. “Porque a gente não pode fazer o pessoal, depois do que passaram no Rio Grande do Sul, voltar a morar em lugar inóspito, em lugar inseguro.”
As casas provisórias anunciadas por Eduardo Leite na última sexta-feira (7) seriam destinadas a famílias que tiveram suas residências destruídas ou condenadas devido às enchentes. Essas moradias teriam 27 metros quadrados, com um dormitório, sala/cozinha, banheiro, mobiliário planejado e eletrodomésticos. Apesar da tentativa de união entre os governantes para enfrentar a crise, a relação entre Lula e Leite parece ter se distanciado. O governador não teria demonstrado gratidão ao presidente, o que gerou desconforto entre os auxiliares de Lula.
Leite tentou se reunir com Lula para discutir novas medidas, mas o encontro não foi agendado. A visita de Lula ao Rio Grande do Sul contou com momentos de proximidade entre os líderes, mas também com situações em que Leite não acompanhou o presidente em compromissos internos do Estado. A falta de diálogo e a divergência de opiniões sobre a reconstrução pós-enchentes parecem ter gerado um distanciamento entre os dois políticos.
Publicado por Carolina Ferreira
*Reportagem produzida com auxílio de IA