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Na Cúpula do G7, Lula volta a defender a taxação dos super-ricos e defende governança internacional da IA

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender a taxação de “super-ricos”, durante discurso na Cúpula do G7, na Itália, nesta sexta-feira (14). Lula afirmou que “já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos”. Na ocasião, o presidente brasileiro mencionou a proposta de “tributação internacional justa e progressiva” como uma bandeira do Brasil no G20, no contexto de “combate às desigualdades”. “Essa concentração excessiva de poder e renda representa um risco à democracia”, disse Lula. O presidente do Brasil acrescentou que muitos países em desenvolvimento já formularam políticas eficazes para erradicar a fome e a pobreza” e mencionou como objetivo do Brasil no G20 “mobilizar recursos para ampliá-las e adaptá-las a outras realidades”.

Lula também afirmou ser “fundamental” o apoio dos chefes de Estado à “Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, que será lançada na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Durante o discurso, Lula disse que “conduzir uma revolução digital inclusiva e enfrentar a mudança do clima são dilemas existenciais do nosso tempo”. O presidente relembrou uma reunião da Cúpula de L’Áquila em 2009 e afirmou que, na ocasião, havia “uma crise financeira global que expôs os equívocos do neoliberalismo”. Atualmente, destacou ele, “o Brasil preside o G20 num contexto de múltiplos e novos desafios”.

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O presidente Lula da Silva defendeu, ainda, a criação de uma “governança internacional e intergovernamental” para tratar da inteligência artificial durante as declarações na Cúpula do G7. Segundo texto divulgado pelo Palácio do Planalto, Lula afirmou que, na área digital, “vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos de um pequeno número de pessoas e de empresas, sediadas em um número ainda menor de países”. Em seguida, mencionou a inteligência artificial como algo que “acentua esse cenário de oportunidades, riscos e assimetrias”. Lula pregou que a inteligência artificial tenha “benefícios compartilhados por todos” e que seja “segura, transparente e emancipadora”. Também defendeu uma tecnologia “que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação” e “que potencialize as capacidades dos Estados de adotarem políticas públicas para o meio ambiente e que contribua para a transição energética”.

Lula defendeu ainda que quer “uma IA que tenha a cara do Sul Global, que fortaleça a diversidade cultural e linguística e que desenvolva a economia digital de nossos países”. “E, sobretudo”, acrescentou Lula, “uma IA como ferramenta para a paz, não para a guerra”. Na sequência, Lula disse: “Necessitamos de uma governança internacional e intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento.”

A reunião teve início na manhã desta sexta com a presença do Papa Francisco e representantes de algumas das maiores economias do mundo: Alemanha, Canadá, Estado Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Lula também mencionou o conflito de Israel com o Hamas e a questão ucraniana como exemplos de “violação cotidiana do direito humanitário” e propôs uma conferência internacional para “viabilizar a paz”.

Publicado por Carolina Ferreira

*Com informações do Estadão Conteúdo

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