A 1ª Vara Criminal de Reclusão e Detenção do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) condenou às penas de sete a 17 anos de prisão cinco pessoas que roubaram e torturaram um casal.
Em setembro de 2023, três criminosos invadiram a casa das vítimas, uma empresária e um policial militar aposentado, no Setor Aruanã I, em Goiânia. Elas foram amarradas, agredidas a coronhadas e com faca, além de ameaçadas, durante uma hora e meia. O irmão da empresária também estava na casa e foi amarrado.
Os criminosos roubaram um carro, celulares, facas, uma garrafa de uísque, uma garrafa de rum, violão, perfumes, fivela da marca Harley Davidson e outros objetos. A Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu quatro criminosos em Trindade, em uma casa onde estavam os objetos roubados.
Segundo o processo, Meire Sara Menezes teria oferecido dinheiro para que Márcio Adriano Alves da Silva, Osleomar Santos de Oliveira, Rafael de Oliveira Caetano e Lindomar Paulino Alves praticassem os crimes.
Condenada como mandante, Meire conhecia a empresária, dona de um salão de beleza. A vítima disse, em depoimento à polícia, ter pegado dinheiro emprestado com a mandante durante oito anos.
A empresária afirmou que a “tortura” foi “coisa de filme” e deu detalhes dos momentos de terror que viveu em casa, sob a mira dos criminosos. “A tortura maior foi quando ele [um dos criminosos] começou a enfiar a faca nos meus dedos, na minha unha, falar que iria me cortar, que sabia onde estavam os nossos filhos e e que se a gente procurasse a polícia, que a gente fizesse alguma denúncia, que eles eram muitos, e que eles voltariam e matariam todos”, contou.
De acordo com o processo judicial, os criminosos filmaram a tortura e enviaram vídeos para a mandante. O juiz Thiago Cruvinel Santos condenou, na última quarta-feira (10/7), Meire, Osleomar e Lindomar a 17 anos de prisão por roubo qualificado com violência exercida com arma de fogo. Márcio teve pena fixada em 15 anos de reclusão e Rafael foi condenado a sete anos de prisão.
Outras duas pessoas acusadas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) de participação no caso foram absolvidas.