Mauro Vieira recebeu em Brasília nesta quinta-feira (25/7) o chanceler da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, encontro previsto para tratar da agenda bilateral, mas que, claro, passou a ter como prato principal a tensa situação na Venezuela, que vai às urnas no domingo.
Os dois falaram em adotar cautela em relação à visível estratégia de Nicolás Maduro de aumentar a temperatura com os países que se mostraram preocupados com a frase que prometia um “banho de sangue” em caso de derrota de Maduro.
Nem o governo brasileiro nem o colombiano pretendem fazer o aparente jogo de Maduro, que mentiu sobre a Justiça Eleitoral Brasileira e debochou de Lula, e também pôs em xeque o sistema eleitoral colombiano.
Diplomatas brasileiros que acompanham a situação venezuelana lembram que, a despeito da desistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em enviar observadores para acompanhar a votação no domingo, haverá observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) e de think tanks, como o Carter Center, fundado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, e uma entidade respeitada pela direita e pela esquerda global — ao menos em suas franjas mais moderadas.
O assessor internacional de Lula, Celso Amorim, embarca amanhã para Caracas.