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PM quer apoio da Anatel para bloquear celulares roubados em SP

Recife — A Polícia Militar (PM) de São Paulo quer o apoio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para realizar o bloqueio de celulares roubados ou furtados no estado a partir do momento em que uma vítima comunica o crime pelo telefone 190.

A ideia é que o processo de bloqueio antecipado, feito antes do registro do boletim de ocorrência na delegacia, dificulte a venda do aparelho e o eventual acesso aos dados pelos criminosos.

“Isso do ponto de vista tecnológico é simplíssimo de fazer”, afirma o coronel Pedro Luís de Sousa Lopes, responsável pelo setor de inteligência da PM paulista.

Em entrevista durante o Encontro Anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no Recife (PE), o coronel disse que a mudança ajudaria a desburocratizar o processo de bloqueio, ganhando “minutos preciosos” para evitar o próximo passo da ação dos criminosos. “Eu reduziria em pelo menos cinco vezes o tempo de demora atual para fazer o bloqueio”.

O coronel diz que a Polícia tenta avançar nas tratativas com a Anatel desde o ano passado.

Roubos na capital paulista Um levantamento do Centro de Inteligência da PM mostra que, entre 2019 e 2023, companhias da Polícia Militar de São Paulo localizadas no centro da capital paulista foram as que registraram as maiores taxas de roubos de celular a cada 100 mil habitantes de toda a cidade.

Em uma dessas companhias, o índice chegou a 71 mil roubos a cada 100 mil habitantes. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (15/8) durante o Encontro do FBSP.

“A concentração [de casos] é na área central porque tem a ver com concentração de população flutuante”, afirma o Coronel Pedro, explicando que o centro da cidade recebe muitas pessoas todos os dias, mas tem um número menor de moradores que outros bairros. “Os centros econômicos todos sofrem deste problema”, acrescenta ele.

Goiás Em Goiás, a Secretaria da Segurança Pública já utiliza um sistema parecido ao que é planejado pela PM de São Paulo. Chamado de “Block Call”, o projeto goiano prevê que as pessoas que têm o celular furtado ou roubado precisam apenas comprovar a propriedade do aparelho ao ligar para a PM ou procurar uma delegacia.

A parceria goiana com a Anatel existe desde 2017. Antes disso, as vítimas só conseguiam o bloqueio ligando para as próprias operadoras dos celulares, mas o processo costuma ser mais burocrático.

Atualmente, os roubos e furtos de celular rendem ao crime, em 12 meses, o equivalente a R$ 22 bilhões no Brasil, considerando-se apenas o valor dos aparelhos, sem contar as transações financeiras usadas com acesso a aplicativos, por exemplo.

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