O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, divulgou uma nota oficial na noite desta quinta-feira (5) repudiando e negando todas as acusações de assédio que sofreu e informando que vai acionar os órgãos do governo para que investiguem as denúncias. No escrito, Almeida diz que encaminhou ofícios para a Controladoria-Geral da União, assim como ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e Procuradoria-Geral da República. A nota ainda pede “para que façam uma apuração cuidadosa do caso”, escreveu. Tudo começou com a publicação de uma reportagem doMetrópoles, que afirma que o ministro é alvo de acusações de assédio sexual, incluindo uma suposta denúncia por parte da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Segundo a colunista Mônica Bergamo, alguns ministros do governo teriam conhecimento do relato de Anielle.
“Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, diz o ministro Silvio Almeida tem afirmado que as acusações contra ele fazem parte de uma campanha de difamação e racismo. “Toda e qualquer denúncia deve ter materialidade. Entretanto, o que percebo são ilações absurdas com o único intuito de me prejudicar, apagar nossas lutas e histórias, e bloquear o nosso futuro. Confesso que é muito triste viver tudo isso, dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”, pontuou Almeida.
A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, também divulgou uma nota confirmando “com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida, dos Direitos Humanos”. “Elas foram atendidas por meio dos canais de atendimento da organização e receberam acolhimento psicológico e jurídico”, diz a nota pública. Ministério comandado por Silvio Almeida tem sido alvo de denúncias de assédio moral e pedidos de demissão em série desde o início da gestão, em janeiro de 2023. O ministro também nega estas acusações.
*Com informações do Estadão e Metrópoles
Publicado por Marcelo Bamonte