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Os americanos já não são mais recebidos da mesma forma no Oriente Médio

Por muitas décadas a presença norte-americana no Oriente Médio foi extremamente relevante para as dinâmicas econômicas e políticas dentro da região, deixando claro quem são seus aliados e quem são seus inimigos em uma das localidades mais complexas no tabuleiro geopolítico. Durante as últimas 7 décadas, alianças foram quebradas e tantas outras formadas, mas a mais duradoura entre elas, é sem dúvida, a relação fraterna entre Estados Unidos e Israel. A ajuda militar e financeira concedida aos israelenses por anos é uma das principais razões para a proteção desse país tão pequeno e cercado por vizinhos que muitas vezes buscaram sua destruição. A cooperação, desenvolvimento científico e bélico conjuntos e o sentimento geral de gratidão dos israelenses para com os americanos são ainda presentes, mas o último ano tem mostrado que o prestígio de Washington nessa relação está muito menor do que já foi um dia. 

O Secretário de Estado, Antony Blinken, sabe da influência e do poder na mão dos americanos dentro do Oriente Médio já que possuem pelo menos 19 bases militares espalhadas pela região em países como Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Iraque e tantos outros. Sendo um parceiro econômico vital de tantas outras nações dessa localidade, Blinken também sabe que os Estados Unidos exercem um poder além do campo militar. Exatamente por isso, que após o início da guerra entre Israel e Hamas em 07 de outubro de 2023, que foi dada pelo presidente Joe Biden ao principal diplomata americano a desafiadora tarefa de encontrar um caminho duradouro para a paz no Oriente Médio da forma mais rápida possível.

Durante suas primeiras três viagens pela região, as conversas pareciam promissoras, com muitas reuniões com egípcios, cataris, israelenses, entre outros indivíduos influentes em sua relação com os grupos terroristas. Inicialmente os americanos alcançaram relativo sucesso de maneira rápida, já que em novembro de 2023 um cessar-fogo de 10 dias aconteceu e pelo menos 105 reféns foram resgatados com vida. Desde então, tal façanha não conseguiu ser repetida e a preocupação dos democratas apenas cresce com a aproximação das eleições presidenciais em menos de duas semanas.

Blinken realizou em 12 meses, 11 visitas ao estado de Israel, sempre aproveitando as viagens para também passar por outras nações relevantes para a mediação e até mesmo a finalização do conflito, tendo estado no Qatar, Egito, Arábia Saudita, Iraque, Turquia, entre outros países, mas cada vez com menos frutos para apresentar ao seu chefe, o presidente Biden. Se anteriormente uma visita de um Secretário de Estado dos Estados Unidos, a terceira pessoa mais importante politicamente do país, era motivo de grande alegria aos anfitriões e de máximo entusiasmo em sua recepção, as repetidas idas de Blinken aos países citados transformou sua presença em algo indiferente, que revela um mundo menos influenciado pelos americanos em alguns aspectos.

As alianças regionais e a criação de muitas pontes entre os países árabes com a Rússia e a China, fez com que as suas respectivas relações com os americanos se tronassem menos assimétricas. Antes um pedido feito pelo presidente dos Estados unidos ou seu Secretário de Estado eram prontamente atendidos, seja por Israel ou outros aliados americanos na região, já hoje vemos um cenário oposto, onde nem mesmo a constante presença de tais figuras, parece fazer com que os anseios americanos deixem o pape e se tornem realidade. 

Mais uma vez vemos que o tour do chefe da diplomacia americana pelo Oriente Médio parece não ter sido muito frutífero, ainda mais quando se corre contra um relógio eleitoral tão acirrado. As recepções fleumáticas de árabes e judeus aos americanos recentemente evidenciam que seja quem ocupar a Casa Branca em 2025, Kamala Harris ou Donald Trump, o tapete vermelho não será estendido da mesma maneira aos americanos como já foi no Oriente Médio.

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