O vereador Gilvan Oliveira Macedo (Avante), chamado como Boy do Bonfim, foi citado em uma lista de Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) chamada de ‘lista suja’ do trabalho escravo. O eleito do legislativo de Ipirá chegou a ser preso em 2015, mas por outro motivo: roubo de carga.
Recém-eleito para a Câmara de Vereadores do município de Ipirá, na região nordeste da Bahia, o candidato conquistou cerca de 975 votos, representando 2,64% dos votos válidos na cidade. Sua campanha foi estimada em quase 16 mil reais. ‘Gilvan Macedo de Oliveira de Ipira’ é dos três nomes do município que aparecem na lista.
Registro no qual o nome do vereador aparece na lista do MTE | Foto: Reprodução / Bahia Notícias
Gilvan Macedo possui um histórico criminal, tendo sido preso em 2015 por roubo de cargas na região de Feira de Santana. Naquela ocasião, a polícia realizou buscas em sua residência e apreendeu diversos itens, incluindo celulares, dinheiro e um automóvel, todos teriam origem a partir de atividades criminosas. Na época, o material foi encaminhado para perícia, e os suspeitos foram detidos na delegacia de Bom Jesus da Lapa.
Imagem do grupo preso na época preso, vereador na esquerda da imagem | Foto: Reprodução / Policia Civil / Sudoeste Baiano
O empresário foi eleito para o legislativo nas eleições municipais de 2024, sendo o principal sócio-fundador da GM Transportadora e Logística, uma empresa cadastrada que atua no setor de transportes e permanece ativa. A situação levanta questões sérias sobre a atuação de figuras públicas e a necessidade de responsabilização em casos de exploração laboral.
A equipe de reportagem do Bahia Notícias entrou em contato com o vereador e com a empresa citada na ‘lista suja’ do Ministério do Trabalho, mas não houve resposta.