Desde 2011, as montadoras de automóveis realizaram dezessete milhões de convocações para reparar ou substituir peças com defeitos de fabricação. E quase quatro milhões (3.788.997) de consumidores, até hoje, não realizaram a substituição.
Um estudo trazido pelo G1 aponta que, atualmente, 1,897 milhão de veículos circulam com defeitos nos airbags. Isso se deve a esses veículos terem os seus airbags produzidos pela empresa japonesa Takata, que foram usados por 17 montadoras entre 2001 e 2018.
Segundo o estudo, os airbags produzidos por esta empresa possuem uma falha que faz com que os dispositivos explodam e projetem fragmentos de peças, podendo ser um risco muito preocupante para os consumidores.
A assistente social Marcela Gonçalves Feitosa de Melo foi uma das vítimas destes airbags. Ao bater na traseira de um carro que parou em uma faixa de pedestres, o seu carro acionou o dispositivo. Esta semana, a Polícia Civil confirmou que um fragmento de cerca de dois centímetros de diâmetro se soltou do airbag, atravessou o pescoço da assistente social e provocou uma hemorragia que a levou a óbito.
O aviso de recall fica em destaque no aplicativo CNH digital, mas também é possível pesquisar se há necessidade de recall, através do site da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), com o número do chassi ou da placa do carro. O recall é obrigatório e gratuito.