A Suécia decidiu enviar três navios de guerra para o Mar Báltico, como parte de uma iniciativa da Otan para fortalecer a presença naval na área. Essa ação tem como objetivo principal prevenir possíveis atos de sabotagem contra a infraestrutura subaquática. O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, ressaltou que, embora o país não esteja em guerra, a situação atual é de incerteza, com a ameaça de ataques híbridos pairando sobre a região. Desde que se tornou membro da Otan em março do ano passado, a Suécia tem intensificado suas medidas de segurança. Além dos navios de guerra, o país também enviará uma aeronave de vigilância e contará com quatro embarcações da guarda costeira para realizar monitoramentos no Báltico.
Em uma coletiva de imprensa neste domingo, Kristersson citou a ameaça de ataques híbridos na região, que envolvem os casos de sabotagem. Desde 2013, pelo menos dez cabos submarinos, responsáveis por ligar os países nórdicos e bálticos à Europa Central em áreas de comércio e energia, foram danificados.
“A verdadeira paz requer liberdade e a ausência de conflitos sérios entre países. Nós e nossos vizinhos estamos expostos a ataques híbridos, realizados não com robôs e soldados, mas com computadores, dinheiro, desinformação e o risco de sabotagem”, declarou o premiê, de acordo com a agência de notícias sueca TT
Pelo menos dois incidentes envolveram navios acusados de arrastar as âncoras no Báltico. Em dezembro, a polícia sueca começou a investigar o rompimento de um cabo entre a Finlândia e a Estônia e passou a suspeitar de um navio registrado nas Ilhas Cook com o nome de Eagle S, que carregava petróleo russo. Além dos três países citados, a Alemanha e a Lituânia também afirmaram que foram prejudicadas pelo incidente.-
Além do reforço militar no Báltico, a Suécia tem buscado aumentar a segurança terrestre. No dia 9, o ministro de defesa do país, Pal Jonson, anunciou a compra de 44 tanques Leopard 2, de fabricação alemã, para modernizar o arsenal do Exército. Trata-se do maior investimento militar do país neste século, no valor de 1,9 bilhão de euros (R$ 12 bilhões, na cotação média da moeda nos últimos 30 dias).
*Reportagem produzida com auxílio de IA e Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias