No empate por 1×1 diante do Vitória no domingo (5), os mais de 42 mil torcedores tricolores que compareceram à Fonte Nova não conseguiram ver um Bahia efetivo no ataque. O time perdeu diversas chances ao longo das duas etapas e, com os pontos perdidos, se complicou na Copa do Nordeste e pode ficar pelo segundo ano consecutivo fora do mata-mata do regional.
Em entrevista na zona mista do estádio, após o apito final, o atacante Everaldo, que entrou na segunda etapa no lugar de Ricardo Goulart, comentou sobre a dificuldade que o Bahia teve no ataque e a mudança de estilo de jogo que o clube passa, desde a chegada do comandante português.
“Poderíamos ter finalizado mais e melhor. Mas isso nós temos que trabalhar, não temos muito o que falar. Mas nós também fizemos muitas coisas boas, e a torcida tem que reconhecer. Porque faz parte do nosso processo, faz parte da construção que vem sendo feita ficar com a bola, ter a posse, e acho que o Bahia era acostumado a ser um time reativo. Agora o que a gente busca é que um time propositivo, ou seja, ter a bola para buscar os lances de ataque, ser mais efetivo. Então em alguns momentos a torcida cobrou, mas só que a torcida também tem que entender que faz parte do nosso futebol hoje, faz parte da nossa filosofia e nós vamos continuar fazendo isso. É claro que algumas vezes eles não venham a gostar, mas é o que vai acontecer. E com o passar do tempo e os resultados vindo, eles vão começar a entender melhor”, explicou o camisa 9.
Ao ser questionado sobre o alinhamento entre o elenco e o técnico Renato Paiva diante do esquema tático apresentado, Everaldo voltou a repetir que o que é praticado nas partidas parte dos treinamentos e conversas no CT e nos vestiários. O jogador pediu um pouco mais de paciência da torcida durante esse processo.
“É isso que ele reforça no vestiário, é isso que ele reforça nos treinos e é isso que a gente trabalha. É dessa forma. Só que isso é uma coisa que nós como jogadores, comissão técnica e pessoas do clube conseguimos controlar. É o que a gente treina durante a semana. Só que a torcida a gente não consegue controlar e talvez a torcida às vezes precise ter um pouco de paciência. Óbvio que o torcedor é imediatista, eles querem o resultado imediato, né? Mas infelizmente não é assim, nós gostaríamos que fosse, mas não é assim. Então, nós estamos cientes do que aconteceu e, se nós tivéssemos ganhado hoje da forma como jogamos, não estaríamos falando disso agora. Estaríamos falando de um triunfo e de três pontos na Copa do Nordeste”, completou Everaldo.
Com o resultado negativo contra o Vitória, o tricolor precisa vencer seus dois jogos restantes e ainda torcer por uma combinação de resultados dos adversários. O meia Yago Felipe, que já atuou com a camisa do Leão e disputou seu primeiro Ba-Vi como atleta do Esquadrão, não descartou as possibilidades de classificação da equipe para a próxima fase do regional, mas reconheceu que o empate prejudicou muito a caminhada final da equipe.
“Enquanto tiver chances [de classificar], a gente tem que acreditar. Nós sabíamos que o triunfo hoje era fundamental, né? Mas infelizmente não veio. Agora temos que depender de uma combinação de resultados, fazer a nossa parte e vamos ver o que vai dar”.