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Abin convocou reunião durante operação; PF intimou 3 agentes

Em depoimento, funcionário da agência diz que o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa teria chamado agentes de “bandalha”

Na imagem, o diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa Reprodução/Ministério da Justiça e Segurança Pública

Caio Vinícius 27.jan.2024 (sábado) – 15h15

O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Luiz Fernando Corrêa, convocou na 5ª feira (25.jan.2024) uma reunião emergencial com sua cúpula para tratar da operação da PF (Polícia Federal) que investiga um suposto esquema de espionagem ilegal na agência.

Na 6ª feira (26.jan), a PF intimou 3 funcionários da gestão que participaram dessa reunião, segundo apurou o Poder360. O objetivo dos investigadores é identificar o teor do encontro.

Em depoimento à corporação, os funcionários da Abin relataram que Corrêa demonstrou insatisfação com a participação da corregedoria da Abin e da CGU (Controladoria Geral da União) na operação. Ele teria chamado os agentes de “bandalha”.

A PF recolheu todos os arquivos produzidos pelo CIN (Centro de Inteligência Nacional) de 2019 de 2021, época que era chefiada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que também foi alvo da operação. O Poder360 apurou que o congressista não depôs.

Em relatório encaminhado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que autorizou a ação, a PF já informou ter encontrado indícios de “possível conluio” entre integrantes da atual gestão da Abin com investigados pelo monitoramento de autoridades.

O Poder360 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Abin neste sábado (27.jan) para obter o posicionamento da agência e mais informações sobre a reunião convocada por Corrêa. Entretanto, não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto.

OPERAÇÃO VIGILÂNCIA APROXIMADA Na 5ª feira (25.jan), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrarem um esquema de espionagem ilegal realizada pela Abin de 2019 a 2021.

Um dos alvos da operação autorizada por Moraes, Ramagem é investigado por, segundo a PF, “instrumentalizar” a agência para fins políticos.

Dentre as atividades investigadas está o uso irregular de sistemas de GPS da Abin para rastrear autoridades e cidadãos sem autorização judicial.

A suspeita é de que a Abin tenha rastreado centenas de celulares de quem frequentava o STF, como funcionários do tribunal, advogados, policiais, jornalistas e os próprios ministros durante meses. A investigação teria identificado 33.000 acessos de localização telefônica.

A PF também apura se a Abin, sob Ramagem, abasteceu os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com informações sigilosas. Ramagem nega que tenha favorecido o clã ou que tenha autorizado o uso indevido das ferramentas da agência.

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