Foto: Joédson Alves/Agêmcia Brasil
O presidente afastado da CBF, Ednaldo Rodrigues 30 de dezembro de 2023 | 11:20
Afastado da presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por decisão da Justiça do Rio desde o dia 7 de dezembro, Ednaldo Rodrigues afirmou nesta sexta-feira (29) que não pretende mais concorrer à presidência da entidade máxima do futebol.
A declaração foi feita em entrevista à revista Veja e foi a primeira dele desde que perdeu o cargo. “Preciso esperar a missão da Fifa e da Conmebol, e também as decisões da Justiça, para entender o cenário e ter alguma definição. Da minha parte, tenho conversado muito com minha família e assumi um compromisso: meu tempo de disputas eleitorais acabou”, disse o cartola.
A situação da entidade máxima do futebol brasileiro é complexa. A Justiça determinou que José Perdiz, presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), indicado como interventor na CBF, convoque eleições em janeiro. Do outro lado, Fifa e Conmebol afirmam que não reconhecem a intervenção e pedem que tal eleição seja realizada antes que uma delegação das entidades venha ao Brasil.
Caso Ednaldo fique fora de uma eventual disputa, o cenário da eleição, que ainda não tem data marcada, mas deve ser realizada em meados de janeiro, teria dois nomes: Flavio Zveiter e Reinaldo Carneiro Bastos.
Zveiter presidiu o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, órgão máximo da Justiça Desportiva no Brasil, de 2012 a 2014, além de ter sido dirigente da CBF na gestão Ednaldo. De acordo com a CNN Brasil, ao menos nove federações estaduais devem apoiar a candidatura do advogado à presidência da CBF.
Já Bastos é presidente da Federação Paulista de Futebol desde 2015 e vice-presidente da CBF. Pelo menos oito federações estaduais e 30 clubes assinaram manifesto divulgado nesta sexta-feira (29) a favor da candidatura de Bastos.
Para ter sua candidatura confirmada, o participante deve ter o apoio declarado de ao menos oito federações e cinco clubes.
Sem se estender sobre sua saída da entidade, Ednaldo afirmou ainda que não pretende rever a decisão de não concorrer novamente ao cargo, mesmo em caso de uma reviravolta a partir dos recursos feitos por seus advogados no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
“Confio na Justiça e nos órgãos do esporte. Se a validade do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) for reconhecida, buscarei diálogo com todos os atores para fazer as mudanças necessárias até a eleição em 2025, da qual não participarei”, disse ele.
A TAC, acordado entre a CBF e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) em 2022, abriu caminho para a eleição de Rodrigues, mas agora foi considerado ilegal pela Justiça.
Folhapress
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