Integrantes da ala rebelde do PT preveem que 10 dos 68 deputados federais petistas votarão contra o projeto do novo arcabouço fiscal na Câmara.
O discurso do grupo, que tem como um de seus principais expoentes o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), é de que o governo Lula caiu em “uma armadilha do Centrão”.
O principal ponto criticado pelo petistas rebeldes são os gatilhos. Em especial, o que impede a contratação de novos servidores públicos no caso de descumprimento da meta fiscal.
A alegação é que a regra proposta “não foi o projeto vencedor nas urnas” e que inviabilizará algumas promessas de campanha de Lula, como é o caso da reestruturação dos institutos federais.
Na visão desses parlamentares do PT, apenas os gastos com a Previdência e com os pisos de Saúde e Educação já serão suficientes para amarrar o governo, que precisaria de um “boom” na arrecadação federal para superar os limites de gastos impostos pelo novo arcabouço.
Lideranças do grupo dizem que estudam o que pode ser feito, já que o partido deve fechar questão a favor do projeto e não apresentar nenhuma emenda ao relatório do deputado Cláudio Cajado (PP-BA).
Sem preocupaçãoAliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, dizem não estar preocupados com o movimento dos petistas. Eles esperam que os caciques do PT resolvam as disputas internamente.
A previsão é que o plenário da Câmara vote nesta quarta-feira (17/5) o regime de urgência para tramitação da proposta. A votação do mérito deve ficar para a quarta-feira da próxima semana, dia 24 de maio.