Às vésperas da eleição que irá definir o próximo presidente do Senado Federal, em votação que acontecerá na quarta-feira, 1º de fevereiro, partidos já passam a anunciar apoios formais às duas principais candidaturas que concorrerão ao comando da Casa, com o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que pleiteia a reeleição, e o ex-ministro do governo Bolsonaro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN). Na busca pelos 41 votos necessários para vencer a disputa, os dois postulantes tentam garantir o apoio da bancada do União Brasil, que será a terceira maior da Casa na próxima legislatura, com 12 parlamentares. O posicionamento da legenda, que nasceu da fusão entre DEM e PSL, é considerado o fiel da balança pelos principais caciques do Senado. Segundo apurou o site da Jovem Pan, o partido se reuniu na noite desta quinta-feira, 26, para tentar chegar a um entendimento sobre o apoio a Pacheco ou Marinho.
Sob reserva, um integrante da cúpula do partido disse à reportagem que o União Brasil não chegou a um consenso e que a sigla está bastante dividida, mas que a presença do senador Davi Alcolumbre (União-AP), líder do partido no Senado e ex-presidente do Senado, “assegura uma maioria dos votos para Pacheco”. Aliado do presidente Rodrigo Pacheco, Alcolumbre costura um acordo para ser reconduzido à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante do Senado. Cabe à CCJ, por exemplo, a admissibilidade de Propostas de Emendas à Constituição, as PECs, e a sabatina de indicados para o Supremo Tribunal Federal (STF). O político do Amapá também quer se cacifar para voltar ao comando do Senado na eleição de 2025.
Líderes partidários ouvidos pelo site da Jovem Pan afirmam que Rodrigo Pacheco é o favorito para a eleição da próxima quarta-feira. Aliados de Rogério Marinho, no entanto, afirmam que a disputa está empatada, com 35 votos para cada um dos candidatos. Este cálculo foi feito ao site da Jovem Pan pelo líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ). Parlamentares do bloco formado por PL, PP e Republicanos, que também apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência no pleito vencido por Lula em outubro do ano passado, apostam em dissidências no grupo que apoia Pacheco para vencer o embate.