O secretário da Educação de Salvador, Marcelo Oliveira, disse nesta sexta-feira (20) que os alunos são os maiores prejudicados pela greve dos professores da rede municipal, iniciada nesta quinta-feira (19). Segundo ele, os estudantes já foram privados do estudo pelos dois anos sem aulas presenciais e, com a paralisação, terão ainda mais perdas no processo de aprendizagem.
Apenas 50% dos professores da rede municipal trabalharam no primeiro dia de paralisação da categoria. A informação foi divulgada pelo prefeito Bruno Reis, que fez um apelo para que a greve seja encerrada.
Marcelo Oliveira ressaltou o esforço feito pela prefeitura para levar as crianças de volta para as escolas após o retorno das atividades presenciais nas unidades de ensino. Ele diz que a greve acontece num momento inadequado devido ao retorno recente das aulas presenciais e o aumento da frequência dos alunos nas escolas.
“Nós temos feito um esforço imenso para trazer as crianças de volta para as escolas, depois de dois anos com as aulas presenciais suspensas. Houve nesse período um prejuízo enorme para o aprendizado, e agora temos um desafio muito grande para resgatar e recompor essa aprendizagem. Não é uma tarefa fácil. Essa greve acontece num momento completamente inoportuno, um momento importante para os estudantes, que já sofreram na pandemia e são agora os grandes prejudicados”, salientou o secretário.
Reajuste
O prefeito Bruno disse, nesta sexta-feira (20), que entende a reivindicação dos professores, mas que não tem recursos para arcar com o reajuste de 33%, pedido pela categoria. Atualmente a prefeitura oferece 6%.
“O Fundeb estabelece que 70% da verba é para pagar todos os trabalhadores da educação: professor, agente de portaria, administrativo. Sabe o que a prefeitura faz? Já paga o dinheiro todo com professores e ainda tem que completar”, diz.