Além de Joseph Dagrosa, bilionário norte-americano do Grupo Kapital Football, o América também negociou a venda da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) ao Grupo City.
Em participação no podcast Superesportes Entrevista, Marcus Salum, coordenador de futebol clube-empresa do Coelho, revelou que foram horas de conversas, mas as negociações não evoluíram.
O City Football Group é formado por 11 clubes, com maior destaque para o Manchester City, da Inglaterra. A ideia do grupo é adquirir um clube no Brasil para ser o centro das atenções na América do Sul – recentemente, surgiu também uma especulação sobre investimento no Atlético e no Bahia.
“Começamos um projeto interno, eu ainda como presidente, e o Paulo Assis, que depois foi para o Cruzeiro e agora saiu. Nós começamos a busca de um trabalho. Começamos com a Ernst & Young (consultora financeira) um trabalho de governança, de captação de recurso, um escritório de advocacia, e esse trabalho andou muito”, explicou o dirigente, que ficou surpreso com os interessados.
“E é muito legal ver o que aconteceu, porque você faz um documento, que chama teaser, manda para os investidores, e a Ernst & Young procura investidor no mundo inteiro. Eu conversei com clubes que eu nunca pensei em conversar, muitos interessados, até com o (Grupo) City nós conversamos. Conversei horas com o City, mas não era o que eles queriam, nem o que nós queríamos”, revelou Salum
O Grupo City
No continente, o Grupo City tem dois clubes: o Bolívar, da Bolívia, e o Montevideu City Torque, do Uruguai. As duas equipes se classificaram para a Copa Libertadores deste ano, mas ambas foram eliminadas nos mata-matas que antecedem a fase de grupos.
O Grupo City é acionista majoritário de sete equipes: Manchester City (Inglaterra), New York City (Estados Unidos), Melbourne City (Austrália), Mumbai City FC (Índia), Lommel SK (Bélgica), ESTAC Troyes, (França) e Montevideo City Torque (Uruguai).
Além desses times, eles possuem ações minoritárias em três clubes: Yokohama F. Marinos (Japão), Girona (Espanha) e Sichuan Jiuniu (China). Já o Bolívar (Bolívia) não é de propriedade do grupo, tendo apenas uma parceria entre as partes.
SAF do América
“Nós estamos conversando com alguns grupos, e está para chegar proposta numérica, porque a proposta de trabalho nós já conversamos com muita gente. Todos já entenderam o que queremos, e alguns ficaram de entregar uma proposta efetiva”, explicou o dirigente, ao Superesportes.
Não há, no momento, um prazo estabelecido pela diretoria americana para bater o martelo. Apesar disso, o clube entende que o melhor é fechar com o investidor antes de uma janela de transferências.
“Se eu for fechar neste ano, tem que ser antes da janela (julho), senão só vou fechar no final do ano, porque não vai mudar nada para mim. O primeiro horizonte é a janela (do meio de ano)”, concluiu Salum.