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Apagão nacional: Confira outros 3 blecautes que entraram para a história do Brasil

Uma queda de energia elétrica foi registrada por volta das 8h30 da manhã desta terça-feira, 15, em Estados de todas as regiões do Brasil. O problema foi confirmado pelo Ministério de Minas e Energia(MME) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esta não é a primeira vez que um blecaute de grandes proporções atinge o território nacional. Confira abaixo outros três apagões que entraram para a história do país.

Amapá (2020)

No dia 3 de novembro de 2020, um incêndio após explosão em uma subestação da empresa privada ISOLUX atingiu um transformador da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), durante um temporal que caía na cidade de Macapá, deixando mais de 89% do Estado do Amapá, o equivalente a 13 municípios, por quatro dias sem energia elétrica. O blecaute, que causou vários prejuízos à população, que ainda sofria com a pandemia da Covid-19, se tornou o apagão mais longo da história do Brasil desde 1999. Com a volta da energia elétrica no dia 7 de novembro de 2020, foi dado início ao sistema de racionamento de 6 horas, posteriormente reduzido para 4 horas, nas cidades atingidas até a instalação do novo transformador, deixando apenas bairros com serviços essenciais com energia elétrica por 24 horas.

No dia 17 de novembro de 2020, ocorre um segundo apagão por volta das 20h27 causado por uma sobrecarga, com o problema sendo solucionado às 1h04 do dia 18 e a energia só retornou em alguns bairros de Macapá, Santana e Mazagão às 4h. Com o segundo apagão total, apenas prédios públicos, aeroporto, supermercados e hospitais não foram atingidos. A energia só foi totalmente restabelecida na madrugada do dia 24 de novembro de 2020, após 22 dias do apagão e 18 dias de racionamento de energia elétrica.

Brasil e Paraguai (2009)

Na noite de 10 de novembro de 2009, condições meteorológicas adversas causaram a falha de três linhas de transmissão provenientes da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A queda brusca na demanda de energia ocasionou o desligamento automático das 20 turbinas da usina deixando quase 90 milhões de pessoas sem energia elétrica. Quatro Estados do Brasil ficaram completamente sem fornecimento elétrico e outros 14 foram parcialmente afetados. Na ocasião, o Paraguai teve 90% de seu território afetado pela falha. O ministro de Minas e Energia do Brasil na época, Edison Lobão, afirmou que o incidente, que afetou 18 Estados brasileiros, aconteceu por causa de raios, ventos e chuvas que ocorreram na cidade de Itaberá, São Paulo, que teriam provocado um curto circuito nas linhas de transmissão.

O início do apagão se deu por volta das 22h. No país vizinho, a falta de energia se deu por cerca de 30 minutos, enquanto no Brasil a maioria das cidades teve a energia restabelecida entre 1h e 2h da madrugada de 11 de novembro, cerca de 3 a 4 horas após o apagão. Em alguns locais ocorreu variação de energia até que o serviço fosse restabelecido, enquanto algumas cidades em São Paulo e no Rio de Janeiro sofreram com mais de 7 horas de escuridão.

Brasil e Paraguai (1999)

Um grande apagão atingiu dez Estados brasileiros, o Distrito Federal e o Paraguai na noite de 11 de março de 1999, e estendeu-se pela madrugada do dia seguinte. Até 2009, este foi considerado o maior apagão ocorrido no país. O início do blecaute se deu por volta das 22h em uma subestação de energia elétrica da na antiga Companhia Energética de São Paulo (CESP), localizada no município de Bauru. A pane de energia elétrica acionou um sistema de segurança da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que abastece o Paraguai e grande parte do Brasil. O sistema paralisou as 16 turbinas da usina. A versão oficial do acontecimento, diz que o apagão foi causado pela queda de um raio na subestação de Bauru.[4] Porém, foram realizados estudos meteorológicos que comprovaram que não houve tempestade de raios na região no dia 11 de março.

O Ministério de Minas e Energia admitiu que havia redução dos níveis de segurança e manutenção da subestação. No entanto, especialistas afirmaram na época que boa parte da responsabilidade cabia à desorganização do setor energético e da falta de investimento em equipamentos e quadro técnico. O apagão atingiu 70% do território nacional e deixou cerca 76 milhões de brasileiros no escuro. Dois anos após o apagão de 1999, houve o que foi conhecido como a “Crise do Apagão”. Para evitar que se repetisse o que aconteceu em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fez uma grande campanha de racionamento de energia elétrica. Era recomendado que se economizasse luz, principalmente no horário de pico.

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