O mundo do atletismo sofreu uma grande perda neste domingo (11/02), com a morte de uma das maiores promessas recentes da modalidade, o maratonista queniano Kelvin Kiptum, de apenas 24. Ele sofreu um acidente fatal em seu país, na cidade de Kaptagat. O técnico dele também faleceu no acidente.
No começo da carreira, Kiptum teve muitas dificuldades. Principalmente no aspecto financeiro. Ele já enfrentou a situação de não ter um par de tênis para correr e precisou pedir ajuda a amigos para sua primeira competição, em 2018.
O jovem era um dos grandes nomes da nova safra do esporte no país. Ele rompeu uma tradição no atletismo de de iniciar nas pistas, em provas mais curtas, para depois seguir para distancias mais longas. Kiptum optou por começar a carreira direto nas em maratonas.
Apenas três provas
Kiptum se destacou para o mundo na Maratona de Valência, na Espanha, em 2022. Já na estreia cravou o tempo de 2h01min53s, mostrando que veio para ficar.
No ano passado, teve uma temporada espetacular. Em abril, melhorou seu tempo em 28 segundos na Maratona de Londres. Foi eleito o atleta do ano pela World Athletic, entidade que representa a modalidade em nível internacional. E fez valer a homenagem. Na Maratona de Chicago, nos Estados unidos, ele quebrou o recorde mundial dos 42km. Terminou a prova em 2h01min25s. O melhor marca até então era de seu compatriota Eliud Kipchoge, que tinha feito tempo 34 segundos acima.
Ele era apontado como favorito a ser o primeiro a correr abaixo das duas horas em uma Maratona, e era esperado que esse recorde viesse já na Maratona de Roterdã, na Holanda, em abril desse ano ou mesmo nas Olimpíadas de Paris, para a qual já tinha vaga garantida.