O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a defender, nesta terça-feira (19/11), o andamento do projeto de lei (PL) da anistia ao comentar a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada para prender agentes suspeitos de querer dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022.
O grupo é acusado de planejar matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o vice-presidente Geraldo Alckmin; e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Parece muito mais a criação de uma narrativa para tentar dizer que existe um risco real a democracia, quando não existe. Até quando vão continuar com essa narrativa? Até quando vão continuar com essa tensão? É isso daí que coloca o Brasil nessa polarização. Isso só mostra a necessidade que a gente tem que colocar uma anistia para passar uma pedra nessa página da história do Brasil”, disse o deputado à jornalistas.
Para Eduardo, mesmo que tenha havido a cogitação de um crime contra as autoridades, isso não justifica a operação.
“Se eu disser: eu vou ali acabar com fulaninho de tal. Isso é crime? Só existe a tentativa de um crime quando se inicia a execução. […] Se porventura for cogitado, cogitação não faz parte do crime”, declarou o parlamentar ao chegar na Câmara na tarde desta terça.
A operação da PF
A ação da PF mira os “kids pretos”, que seriam militares da ativa e da reserva que tiveram formação em operações especiais nas Forças Armadas. Além deles, um policial federal foi preso.
Autorizada por Moraes, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas.
Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro e assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, entre março de 2023 e março deste ano..
Outros “kids pretos” presos:
- tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
- major Rodrigo Bezerra Azevedo;
- major Rafael Martins de Oliveira;
- Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.
O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, em ações nas seguintes unidades da Federação: Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.