A Praia de São Tomé de Paripe, uma das mais conhecidas e frequentadas, amanheceu repleta de peixes e siris mortos na manhã desta sexta-feira (12). Os primeiros a verificarem a situação foram pescadores da região, ainda na madrugada, quando iriam iniciar as atividades de pesca na área.
Vaneisson Souza, 40 anos, foi um dos primeiros pescadores a notar a situação. De acordo com ele, nada nessa proporção aconteceu antes em São Tomé, o que deixou todos os trabalhadores que dependem da praia para sobreviver assustados.
“A gente tomou um susto, isso nunca aconteceu antes. De vez em quando, víamos um ou outro morto. Dessa vez, foi demais. Foram muitos siris, camarões e vários peixes mortos aqui. O que a gente pegou dava para encher o pátio de tanta coisa morta. E vai aparecer mais quando a maré vazar”, afirma ele.
Outro pescador, Renato Figueiredo, 37, afirma que, pela quantidade de frutos do mar mortos, poderá haver uma escassez para quem trabalha no pescado.
Agentes do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) foram até o local ainda nesta manhã de sexta-feira para verificar a situação. O órgão foi procurado pela reportagem para responder sobre as possíveis causas do problema, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.
Nascida e criada nas proximidades da praia de São Tomé, Floricelia Santos Sá, 63, tem uma barraca no local. Como vive do que consegue na praia há mais de 40 anos, ela fala em tragédia ao conversar da situação e pede resposta dos órgãos fiscalizadores.
“A praia de São Tomé de Paripe é uma preciosidade, uma das melhores da nossa cidade. Daqui, muita gente tira o pão e outras tantas vêm aproveitar uma beleza que é de graça e é nossa. Não é possível que vamos deixar estragar tudo dessa forma”, desabafou ela.