InícioEditorialApós invasão ao STF, 10 pessoas são detidas com estilingues e faca

Após invasão ao STF, 10 pessoas são detidas com estilingues e faca

Dez pessoas foram detidas neste domingo (25/12) em área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o grupo estava armado com estilingues, bolinhas de gude e faca, além de rádio transmissores. Todos eles foram detidos e conduzidos para a 5ª DP, na Asa Norte.

Um grupo de indígenas apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu a marquise do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. O objetivo do ato foi pedir a soltura do cacique José Acácio Tserere Xavante, preso no último dia 12 de dezembro por participar de manifestações contra o resultado das urnas que deram vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Atraídos pela movimentação de indígenas, outros bolsonaristas também começam a chegar ao estacionamento entre o STF e o anexo II da Câmara dos Deputados, na Praça dos Três Poderes.

“Os indivíduos estavam próximos à Esplanada dos Ministérios em atitude suspeita. Nós os abordamos porque vimos roupas militares e volume suspeito nas roupas. Então, foram descobertos os materiais. Eles disseram que foram à Esplanada para manifestar em apoio aos índios que estavam em frente ao STF”, afirmou o tenente-coronel da PMDF Claudio Perez, ao Metrópoles.

“Foram presos porque alguns têm passagem pela polícia, outros estão em liberdade provisória, e os instrumentos deles também foram usados no dia 12 de dezembro”, acrescentou Perez.

O grupo foi liberado após a confecção de Termo Circunstanciado de Ocorrência.

Atos violentos

A prisão do cacique Tserere Xavante já causou uma série de desdobramentos violentos na capital federal. A semana do dia 12 de dezembro foi marcada por intensas manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente da sede da Polícia Federal. Os bolsonaristas, na tentativa de invadir a PF, realizaram atos de vandalismo como incêndios de carros privados e ônibus do DF.

A prisão preventiva de Tserere Xavante foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A decisão ocorreu após a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir a prisão, argumentando que o líder teria mobilizado indígenas e não indígenas em atos antidemocráticos.

Tserere Xavante, que também se diz pastor evangélico, também é acusado de estimular agressões contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e contra os membros do Supremo.

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