A Polícia Federal (PF) concluiu não haver provas de que o senador Renan Calheiros tenha recebido propina em um suposto esquema de corrupção. No documento, a delegada responsável afirma que a apuração da PF não reuniu elementos que pudessem corroborar com as versões apresentadas pelos delatores. Ou seja, as investigações não conseguiram reunir provas que confirmassem as vantagens indevidas. A partir das delações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto, de Luiz Fernando Maramaldo e Felipe Parente a polícia apurava um suposto esquema que envolvia contratos da Transpetro, que é subsidiária da Petrobras. Mas, de acordo com a PF, não foram encontradas provas de que Calheiros recebeu propina. Ainda de acordo com o relatório final da PF enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o rastreamento do caminho do dinheiro em espécie “pereceu no tempo”.
Tanto em razão do longo período, quando em razão de não se vislumbrar uma ligação direta entre os valores supostamente entregues por Wilson Quintella, ou por terceiros designados sobre as orientações de Sérgio Machado, tinham como destinatário final o parlamentar. O inquérito foi aberto em 2017 a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no âmbito da Operação Lava Jato. Depois de receber o material da PF, o ministro do STF, Edson Fachin, que é relator da Lava Jato, deve pedir que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o caso.
*Com informações da repórter Berenice Leite