A Braskem informou neste sábado, 2, que toda área de risco de Maceió foi 100% desocupada. “Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial”, diz a nota da empresa, acrescentado que eles seguem monitorando a situação da mina 18 e que o bairro do Mutange, onde a mina fica, está desocupada desde 2020. Em dezembro de 2019, a empresa começou uma realocação preventiva dos moradores da região. A operação aconteceu no mesmo ano em que a Braskem alega ter encerrado totalmente a extração de sal-gema em Maceió. Segundo os dados mais recentes do monitoramento que tem sido realizado, a acomodação do solo segue concentrada na área da mina 18 e ela poderá se desenvolver de duas maneiras. O primeiro cenário é a acomodação gradual até a estabilização. Já o segundo, trata-se de uma possível acomodação abrupta. “Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração”, informa o comunicado. Neste sábado, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, afirmou que a velocidade de afundamento do solo da área de mina está diminuindo. Segundo informações da Defesa Civil, nas últimas 24 horas, houve uma movimentação de 13 centímetros. “A velocidade de afundamento tem diminuído. Nós chegamos a cinco centímetros [de afundamento] por hora e agora estamos com 0,7 centímetros por hora. Isso significa dizer que temos tendência de diminuição de afundamento naquela região. Os DGPSs que medem esse afundamento naquela área chegaram ao alerta máxima. A região tem 12 DGPSs e seis chegaram a alerta máxima; hoje só temos um. Os sismos, que também medimos, diminuíram consideravelmente. Não podemos afirmar que vai estabilizar, mas esse é caminho para estabilização. Estamos vencendo, um dia de cada vez, para podermos juntos sair dessa situação”, disse JHC.
Diante dessa situação que tem se visto na capital de Alagoas e dos riscos de desabamentos, a Braskem informou que vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal e que já foi apresentado um plano às autoridades. Ele também chegou a ser aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). “Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025”, explicam e informam que das 35 cavidades, nove receberam a recomendação de preenchimento com areia, cinco tiveram o preenchimento concluído, três estão com operações em andamento e uma já está pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia. Além dessas, em outras 5 cavidades foi confirmado o status de autopreenchimento. As demais 21 cavidades estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho já foi concluído. Contudo, apesar do trabalho que está sendo realizado para preenchimento, foi necessário suspender preventivamente as operações em 18 por causa movimentação atípica no solo.