Presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche revelou um medo a aliados de longa data. Que Pablo Marçal consiga construir maioria dentro do partido para, num futuro bem próximo, tomar dele o comando da legenda.
A confidência foi feita na semana passada a pessoas que ajudaram o dirigente a assumir o controle da sigla após a guerra interna que eclodiu com a morte de Levy Fidelix. O receio é justificado.
Marçal é ambicioso, negociador e, segundo as pesquisas, tem possibilidade real de chefiar a poderosa máquina pública que é a Prefeitura de São Paulo, o que aumentaria o seu poder de selar acordos. Avalanche ficou ainda mais de orelha em pé depois de uma declaração do candidato, na noite desta segunda-feira (26/8), em sabatina na GloboNews.
Disse Marçal ao ser questionado sobre a ligação de dirigentes do partido com o PCC: “Não sou presidente, não sou dono do partido. Se dependesse de mim, era afastamento geral. Eu sou uma pessoa que estou usando o partido para ser candidato”.
Marçal também sugeriu que pode deixar o PRTB após a eleição. Para Avalanche, essa desfecho seria até menos traumático do aquele que vem atormentando a sua mente.