De um lado, um time que está em busca do seu primeiro título. Do outro, o maior campeão. Itabuna e Bahia abrem as semifinais do Campeonato Baiano em um duelo de opostos, e só um deles manterá o sonho vivo. O jogo de ida está marcado para este sábado (11), às 16h, no estádio Ribeirão, em Camacã. A volta acontece uma semana depois, na Arena Fonte Nova.
A partida será um ‘repeteco’ da última rodada do Baianão. As duas equipes se enfrentaram há 13 dias, também com mando de campo do Itabuna. O anfitrião, que precisava vencer para avançar, goleou: 4×0. Vale lembrar, porém, que o Esquadrão já estava classificado e com o primeiro lugar garantido, e atuou com time sub-20.
Apesar de ter sofrido o atropelo do Itabuna na primeira fase, o Bahia tem larga vantagem no histórico do duelo. De acordo com o levantamento feito pelo Esquadrão, as equipes já mediram forças 106 vezes, com 71 triunfos tricolores – ou seja, 67% dos compromissos. O Dragão do Sul venceu 11 partidas (10%), e 24 jogos terminaram em empate (23%).
O número de gols, como era de se esperar, também é amplamente favorável ao Bahia. Ao longo dos anos, o clube de Salvador balançou as redes do rival quase três vezes mais: 181 gols tricolores, contra 63 do Itabuna.
O Esquadrão aposta na vantagem histórica contra o Dragão para voltar à final do Baianão. A última vez que o time disputou o troféu foi em 2020, quando se sagrou campeão pela última vez. Em 2021, caiu nas semis para o xará de Feira. Já no ano passado, não alcançou o mata-mata, que foi 100% do interior.
O Bahia, aliás, é o único representante de Salvador nas semis. O Vitória chegou à última rodada com chances de classificação, mas precisava de uma combinação de resultados – e uma das possibilidades envolvia torcer para o arquirrival tricolor contra o Itabuna. Mas o Leão não fez nem sua parte: só empatou com o Barcelona de Ilhéus em 0x0. Assim, foi eliminado de forma precoce pelo quinto ano consecutivo.
O Esquadrão também é o único campeão do Baianão presente nas semis de 2023. Os outros três postulantes na temporada, todos do interior, ainda buscam a primeira taça. Vale lembrar que a outra chave tem Juazeirense x Jacuipense. A ida acontece no domingo (12), às 16h, no Adauto Moraes, em Juazeiro. A volta será no fim de semana seguinte, no Valfredão, em Riachão do Jacuípe.
Tanto o Itabuna quanto o Jacuipense já foram vice-campeões. O Dragão do Sul disputou a final em 1970, quando perdeu o título para o próprio Bahia. Já o Leão do Sisal chegou à decisão no ano passado, contra o Atlético de Alagoinhas. No primeiro jogo, no Carneirão, empatou em 1×1. Mas foi derrotado por 2×0 em casa, no Valfredão, e viu o Carcará se tornar bicampeão.
Já a Juazeirense ainda busca sua primeira final. Curiosamente, o Cancão de Fogo já esteve outras seis vezes no G4 do Baianão, e vai para sua 7ª semifinal.
Caso o Bahia volte a erguer a taça, o tricolor atingiria um patamar que só o ABC conseguiu: 50 títulos estaduais. O Elefante, aliás, já tem 57 troféus do Campeonato Potiguar, sendo o maior vencedor estadual do Brasil. Atualmente, o Bahia está empatado com o Paysandu na 2ª posição do ranking, com 49 taças, cada.
Maiores campeões estaduais:
- 1º) ABC (Campeonato Potiguar) – 57 títulos
- 2º) Bahia (Campeonato Baiano) – 49 títulos
- 2º) Paysandu (Campeonato Paraense) – 49 títulos
- 4º) Rio Branco (Campeonato Acreano) – 48 títulos
- 5º) Remo (Campeonato Paraense) – 47 títulos
- 5º) Atlético (Campeonato Mineiro) – 47 títulos
- 7º) Internacional (Campeonato Gaúcho) – 45 títulos
- 7º) Ceará (Campeonato Cearense) – 45 títulos
- 7º) Fortaleza (Campeonato Cearense) – 45 títulos
- 10º) Nacional (Campeonato Amazonense) – 43 títulos