O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está tentado a aceitar o ex-comunista Aldo Rebelo como o vice na chapa de Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela reeleição na cidade de São Paulo. Antes, Bolsonaro queria indicar o coronel da Polícia Militar e ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo, mas o militar sofre resistências até entre os conservadores.
Como o blog mostrou, o grupo de Ricardo Nunes não considera que o “coronel de Bolsonaro” traria votos para a chapa. O policial não tem nenhum capital político, nada que justificaria a sua escolha, a não ser o apoio de Jair Bolsonaro.
Agora, ex-presidente estaria disposto a aceitar o ex-ministro de Dilma e Lula (PT) como vice de Nunes, o que deve acontecer. Só falta combinar com… Valdemar Costa Neto. O presidente nacional do PL quer um vice de seu partido para alavancar o número de vereadores na capital paulista.
O plano é eleger pelo menos 8 vereadores em São Paulo, tornando o partido a maior bancada da Câmara Municipal. O plano seria atrapalhado sem um político do PL na chapa de Nunes.
Por isso, o presidente do PL deve recorrer aos partidos que compõem a base de apoio de Ricardo Nunes. São dez siglas que manifestaram a adesão à campanha do atual prefeito. Quem não está entre eles é o PDT, sigla de Aldo Rebelo.
O PDT inclusive já se colocou a favor da eleição de Guilherme Boulos (PSol) em São Paulo, o que deve fazer com que Rebelo tenha que mudar de partido.
Siglas como o PP, de Ciro Nogueira, e o PSD, de Gilberto Kassab, já se colocaram à disposição para receber o ex-comunista.
Deputado por cinco mandatos pelo PCdoB, Aldo Rebelo se diz, agora, um nacionalista e tem muito trânsito entre conservadores e militares, já que foi ministro da Defesa.