Julgamento de ação do PDT contra Bolsonaro começa nesta quinta-feira na Corte Eleitoral
ANDRé RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ex-presidente Jair Bolsonaro em evento na Assembleia Legislativa de São Paulo que celebrou a a posse da deputada Rosana Valle
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira 21 que espera que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o julguem observando a mesma análise feita no julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer, em 2017. Na ocasião, a Corte analisou ação protocolada pelo PSDB e pela Coligação Muda Brasil contra abuso de poder político e econômico na campanha de 2014 de Dilma Rousseff e Michel Temer. “Isso é péssimo para a democracia se eu for julgado diferente da chapa Dilma e Temer em 2017”, disse Bolsonaro, citando que um dos votos será do ministro Alexandre de Moraes, indicado pelo cacique do MDB. “Espero que ele haja com imparcialidade, juntamente com o tribunal como um todo, porque os fatos são exatamente os mesmos. Me julgue a exemplo do que foi julgado na chapa Dilma Temer. Se o Alexandre de Moraes seguir os precedentes e o que aconteceu em 2017, eu vou ser absolvido também. Não tem porque cassar os meus direitos políticos por causa da reunião com embaixadores. É só julgar com a mesma jurisprudência de 2017 que essa ação será arquivada.”, defendeu o ex-presidente.
O julgamento começa nesta quinta-feira 22, e irá analisar ação do PDT condenando reunião no Palácio do Alvorada com embaixadores no ano passado onde Jair Bolsonaro questionou a eficácia das urnas eletrônicas. Ele é acusado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação e poderá perder seus direitos políticos por oito anos. Bolsonaro evitou responder questionamentos de jornalistas sobre o que pretende caso tenha seja impedido de exercer nova função política. “Não sei se vou estar vivo quando virar a esquina aqui, então não falo sobre ‘se’”, disse. “Não pretendo, não gostaria de perder meus direitos políticos. Não sei se vou ser candidato no ano que vem a prefeito, vereador. Ou se, no futuro vou, ser a senador ou presidente. Não sei. Agora, para ser candidato, eu tenho que manter meus direitos políticos”