O boxeador Conor Benn foi inocentado de uma acusação de doping após o Conselho Mundial de Boxe (WBC, na sigla em inglês) apontar que sua dieta poderia ser a causa para um falso positivo. A instituição concluiu que o “consumo altamente elevado de ovos” do lutador constituía uma “explicação razoável” para o resultado.
Benn, de 26 anos, teve a luta contra o britânico Chris Eubank Jr cancelada depois que vestígios de uma droga proibida ser encontrada em sua urina: clomifeno. Ela é conhecida por elevar os níveis de testosterona, e é usada para fertilidade e para ajudar a aumentar o desempenho.
O combate estava marcado para outubro do ano passado, e o resultado saiu apenas três dias antes. O boxeador negou ter ingerido intencionalmente ou conscientemente qualquer substância proibida e, em dezembro, fez um longo post no Instagram dizendo que “a verdade logo será revelada”.
Depois de testar positivo, o boxeador foi removido dos rankings do Conselho Mundial de Boxe. Nesta semana, o WBC anunciou que estava reintegrando o boxeador londrino, após consultar um nutricionista. Ele retornou ao quinto lugar.
“O consumo documentado e altamente elevado de ovos do Sr. Benn durante os períodos relevantes para a coleta de amostras levantou uma explicação razoável para o achado adverso. O WBC incluirá o Sr. Benn em suas classificações durante o período imediatamente após a emissão de sua decisão”, disse a entidade, em nota.
O WBC também afirmou que não havia “nenhuma evidência conclusiva de que Benn se envolvesse na ingestão intencional ou consciente de clomifeno”.
Apesar da decisão do WBC, Benn continua sob investigação feita pela Agência Antidoping do Reino Unido (UK Anti-Doping) e pelo Federação Britânica de Boxe (BBBofC). Esse processo decidirá se Benn será banido do esporte. Até que as investigações sejam concluídas, ele não poderá lutar boxe no Reino Unido, mas poderá fazer isso em outro país, sob uma jurisdição diferente.