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Brasil denuncia Israel na corte internacional de Haia

Diplomata Maria Clara de Paula Tusco representou o país durante audiência do tribunal sobre o conflito entre Israel e Hamas

Reprodução: UN Web TV

Representante do Brasil, Maria Clara de Paula Tusco, durante discurso na Corte Internacional de Justiça (CIJ)

O governo brasileiro se pronunciou nesta terça-feira, 20, Israel sobre o que chamou de invasão e ocupação de territórios palestinos. A declaração foi feita por intermédio da diplomata Maria Clara de Paula Tusco, durante audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, que é o principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (Onu). Para o Itamaraty, a ocupação, que acontece desde 1967, viola os direitos internacionais do povo palestino. “A ocupação de Israel dos Territórios Palestinos, persistente desde 1967 em violação ao direito internacional e a numerosas resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional.”, disse Tusco. 

Na reunião, Maria Clara destacou que a gravidade dos conflitos na região é “indiscutível” e antecede o dia 7 de outubro de 2023, quando a guerra começou, e que o pronunciamento do tribunal é necessário para que todos os países tenham clareza sobre as “ocupações ilegais” de Israel. O Brasil defendeu que a única solução de promover paz e segurança entre os países é a criação de um Estado palestino para viver “lado a lado” com Israel. “Os eventos trágicos dessa data e as operações militares desproporcionais e indiscriminadas que se seguiram, no entanto, deixam claro que a mera gestão do conflito não pode ser considerada uma opção, e uma solução de dois estados, com um Estado palestino economicamente viável convivendo ao lado de Israel, é a única maneira de proporcionar paz e segurança para Israel e os palestinos”, disse a diplomata. A Corte realiza agenda até a próxima segunda-feira, 26, onde ouvirá 52 países sobre uma resolução de dezembro de 2022, que trata sobre as “Consequências Jurídicas decorrentes das Políticas e Práticas de Israel no Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém”.

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