O aumento no número de demissões voluntárias no Brasil é um reflexo da pandemia, e da busca por maior qualidade de vida por parte dos trabalhadores mais qualificados.
Essa é a avaliação de especialistas para explicar o recorde de demissões voluntárias em fevereiro deste ano, quando mais de 560 mil trabalhadores pediram demissão, maior número desde o início da série história, em janeiro de 2004, segundo o Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia.
O analista de controladoria Paulo Lopes, de 35 anos, pediu demissão em março deste ano e arrumou outro emprego em busca de mais qualidade de vida.
Um dos principais motivos para o empregado pedir demissão é o custo de ir trabalhar presencialmente, segundo argumenta a especialista em processo do trabalho, a advogada Juliana Mendonça.
Nos Estados Unidos, o número de demissões voluntárias também tem batido recorde nos últimos meses. Para o economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi, que fez um levantamento sobre o tema, essa é uma mudança de comportamento influenciada pela pandemia.
Uma pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half, realizada em novembro do ano passado, revelou que quase metade dos profissionais entrevistados com mais de 25 anos pretendiam buscar um novo emprego em 2022. Entre esses, 37% apontaram como motivo para buscar um novo trabalho a busca de um salário melhor,19% tinham desejo de aprender algo novo e 12% tinham expectativa de melhorar a qualidade de vida.
Economia Pandemia e busca por maior qualidade de vida influenciaram Brasília 21/04/2022 – 16:01 Jacson Segundo/ Renata Batista Lucas Pordeus León – Repórter da Rádio Nacional Caged Demissão Voluntária quinta-feira, 21 Abril, 2022 – 16:01 174:00