A Câmara de Vereadores de Itabuna aprovou em audiência pública, nesta quarta-feira (15), que a prefeitura do município solicite um empréstimo junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento dos Países da Bacia do Prata (Fonplata). Caso o crédito seja aprovado, o recurso até 30 milhões de dólares será liberado aos poucos até 2030. Antes disso, os projetos passam por análise pelo Ministério da Economia e Senado Federal.
O objetivo o empréstimo é buscar recursos para pavimentação em bairros, esgotamento sanitário, requalificação do trânsito, revitalização do Rio Cachoeira, entre outras obras pontuais.
“Demos o primeiro passo para modernização, crescimento, retomada da economia, para que Itabuna volte a ser uma cidade pujante. Estamos possibilitando a busca de uma verba que mudará a vida das pessoas”, disse o presidente da Câmara, Erasmo Ávila (PSD).
Relator do projeto, Sivaldo Reis (PL) chamou a atenção para o quanto a Casa dedicou-se a entender a matéria, para posicionar-se com a devida seriedade. “É para o desenvolvimento da nossa cidade, um crédito que vários municípios buscaram, como Camaçari, Salvador, Feira de Santana. Respeito as diferentes opiniões, mas sou favorável a essa autorização”, sinalizou.
Na mesma linha, o vereador Ronaldão (PL), em terceiro mandato, reitera a necessidade de a cidade buscar recursos para o desenvolvimento. “O cacau desapareceu e as grandes empresas foram embora; hoje só tem o IPTU para construir, mas não dá para trazer emprego ao jovem. Então, a maneira de resgatar o desenvolvimento da cidade é através desse empréstimo”, observou.
Ex-presidente da Casa, o vereador Ricardo Xavier (Cidadania) citou o tempo perdido com polarização política e a urgência de tomar providências pelo futuro da cidade. “Essa nova geração de políticos precisa quebrar esses polos, enxergar a possibilidade desses 150 milhões [de reais] para o crescimento e desenvolvimento econômico”, argumentou.
Outros posicionamentos
Inicialmente contrários ao projeto, os vereadores Dando Leone (PDT), Danilo Freitas (União Brasil) e Fabrício Pancadinha (Solidariedade) pontuaram, respectivamente, sobre a ausência de uma auditoria especializada por parte do Executivo, sobre o prazo para pagamento e a taxa de juros (2,5% ao ano). Segundo eles, não se sentiram seguros o suficiente para votar “sim” autorizando a busca do citado crédito.