O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, passou a vislumbrar um cenário um pouco mais otimista em relação à inflação no Brasil do que aquele desenhado em algumas de suas declarações recentes.
Segundo o chefe da autoridade monetária, que participou de um evento promovido pelo Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE) na noite de segunda-feira (29/5), a inflação no país vem arrefecendo e os indicadores econômicos trazem boas notícias.
“Quando a gente pega a atividade econômica no Brasil, temos uma notícia boa. Eu sempre digo que o cenário está clareando um pouco porque a gente tem uma inflação que parece que vai engrenar uma melhora, mesmo que lenta, ao mesmo tempo em que a atividade tem surpreendido para cima”, disse Campos Neto.
Para o presidente do BC, que se tornou alvo preferencial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, as expectativas de inflação de longo prazo seguem elevadas.
“Em termos de expectativa de inflação, a gente começou a ver nas últimas semanas os números melhorando um pouco, o de 2023 melhorou bastante na ponta. O de 2024, a gente tem alguma resiliência, mas já vê alguma melhora”, afirmou.
“Quando a gente pega as inflações de mercado, vemos alguma melhora, mas, quando olhamos de uma forma geral para as expectativas de inflação de longo prazo, ainda tem um número bastante elevado, de 4% contra uma meta de 3%”, ponderou Campos Neto.
O presidente do BC disse que o debate sobre uma eventual mudança na meta de inflação afetou as expectativas de longo prazo.
“Houve um grande ruído sobre qual deveria ser a meta de inflação e muita gente entendeu que o governo aumentaria a meta, o que fez as expectativas em parte, se deslocarem”, afirmou. “Parte do deslocamento está relacionada a isso e parte está relacionada ao fiscal. A gente entende que isso deve melhorar.”
Segundo Campos Neto, apesar da desaceleração da inflação no Brasil nos últimos meses, “ainda há muito trabalho a ser feito”.
“Entendemos que essa queda vai continuar. É a primeira vez que há um surto inflacionário mundial e o Brasil está abaixo. Isso porque o BC entendeu que precisava subir juros, subiu rápido e subiu antes”, afirmou.
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
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Roberto Campos NetoFábio Vieira/Metrópoles
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
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Roberto Campos NetoEdilson Rodrigues/Agência Senado
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
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Presidente do Banco Central, Roberto Campos NetoVinícius Schmidt/Metrópoles
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central
Roberto Campos Neto, presidente do Banco CentralIgo Estrela/Metropoles
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Roberto Campos NetoFábio Vieira/Metrópoles