InícioNotíciasPolíticaCaso Tacla Duran: Renan faz representação contra desembargador

Caso Tacla Duran: Renan faz representação contra desembargador

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) protocolou no Conselho Nacional da Justiça (CNJ) uma representação contra o desembargador Marcelo Malucelli do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRF-4) no âmbito do caso Tacla Duran. O motivo seria o vínculo do magistrado com a família de Sergio Moro (União-PR).

De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo, Malucelli é pai de João Eduardo Barreto Malucelli, sócio do escritório de advocacia de Moro e da esposa do senador, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP).

“Acabo de protocolar no Conselho Nacional da Justiça a representação contra o desembargador Marcelo Malucelli, pai do sócio de Moro em um escritório de advocacia”, detalhou Renan nas redes sociais. “A Justiça não pode ser manipulada em nome de interesses pessoais”, completou.

Acabo de protocolar no Conselho Nacional da Justiça a representação contra o desembargador Marcelo Malucelli, pai do sócio de Moro em um escritório de advocacia. A Justiça não pode ser manipulada em nome de interesses pessoais. pic.twitter.com/MDrtQo3vEa

— Renan Calheiros (@renancalheiros) April 17, 2023

Caso Tacla DuranO nome do desembargador Marcelo Malucelli está no universo do advogado Tacla Duran, acusado de operar contas no exterior criadas pela extinta Odebrecht para pagamento de propina. Durante depoimento concedido em março, o primeiro prestado desde o início das investigações da Lava Jato, ele disse que foi alvo de perseguição por não aceitar ser extorquido. “O que estava acontecendo não era normal, era um bullying processual”, afirmou.

Malucelli chegou a enviar um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) ao qual nega ter determinando a prisão de Tacla Duran, que denunciou ter sido vítima de uma suposta extorsão na Operação Lava Jato.

“Reitero que, em nenhum momento, foi decretada por este relator a prisão do requerente Rodrigo Tacla Duran”, escreveu Malucelli no documento enviado, na sexta-feira (14/4), à presidente do STF, Rosa Weber.

Malucelli alega que teria apenas decidido a respeito de um incidente de suspeição do novo responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, o que, ainda segundo ele, não altera a situação de Tacla Duran.

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