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Presidente foi alvo de ações judiciais por partidos por uso da máquina e pedido de voto em Boulos 03 de maio de 2024 | 15:55
As centrais sindicais afirmaram, em nota divulgada nesta sexta-feira (3), que o presidente Lula (PT) e seus ministros participaram do ato de 1º de Maio em São Paulo exclusivamente como convidados e não tiveram “nenhum papel organizativo ou de mobilização nesse evento”.
O posicionamento das centrais tenta retirar do petista e do ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, a responsabilidade por problemas que têm sido apontados no evento, como a presença de número reduzido de pessoas, a localização (distante do centro da cidade), a falta de parlamentares e de pessoas de destaque político, entre outros.
Outro objetivo é ajudar na defesa do presidente contra ações judiciais apresentadas por partidos por uso da máquina e pedido de voto para o pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL). O governo afirma que não se tratou de evento oficial e que Lula apenas exerceu seu direito de livre expressão.
Na nota, as centrais reconhecem o momento de dificuldades do sindicalismo. Como mostrou o Painel, lideranças apontaram o 1º de Maio de 2024 como marco histórico negativo, que evidencia a necessidade de mudanças. O texto fala em adversidades e em uma “jornada de lutas cada vez mais desafiadora”, mas sublinha que nada os “detém nem deterá”.
As centrais listam como dificuldades a restrição ao financiamento, “a campanha contínua contra os sindicatos”, a retirada do poder de negociação e a supressão de dezenas de direitos trabalhistas.
Sobre o evento, afirmam que discutiram e celebraram a retomada de pautas que defendem com o governo Lula, como a valorização do salário mínimo, a política de igualdade salarial entre homens e mulheres, a instalação de mesas nacionais de negociação para tratar dos direitos dos trabalhadores de aplicativos, a geração de empregos e a nova política industrial.
No texto, os sindicalistas também destacam o que enxergam como resultado do trabalho das entidades ao longo do ano, com quase 90% dos reajustes salariais conquistados em negociações coletivas com aumento real, ou seja, acima da inflação, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A nota é assinada pelos presidentes de CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical e Pública.
Fábio Zanini, Folhapress
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