O tradicional jogo de cara ou coroa, usado em esportes e outras situações para tomar decisões de forma rápida e justa, tem uma pequena aberração nas probabilidades.
Embora muitos acreditem que a possibilidade de cair em “cara” ou “coroa” seja de 50/50, um estudo liderado pelo matemático Persi Diaconis revelou que, na realidade, as chances não são exatamente iguais.
A pesquisa, que analisou mais de 350 mil lançamentos de moedas, descobriu que, devido à oscilação natural da moeda durante o arremesso, ela tende a cair no mesmo lado de onde foi lançada em cerca de 51% das vezes, ou seja, há uma leve vantagem para o lado inicial da moeda.
Leia mais:
- Jogo de tabuleiro com mais de 4 mil anos é descoberto
- Restos mortais em ‘caverna proibida’ podem desvendar mistérios da expansão humana
- Como aquecimento global tem afetado as baleias-jubarte?
Detalhes do estudo sobre cara ou coroa na moeda
- O estudo envolveu 48 pessoas que realizaram os lançamentos de 46 tipos diferentes de moedas, e os resultados mostraram que a variação no viés pode ser significativa dependendo do lançador;
- Embora a diferença de 1% não pareça muito, ela pode ser relevante ao longo de muitas apostas;
- Por exemplo, em mil apostas de US$ 1, saber a posição inicial poderia resultar em ganho médio de US$ 19, o que é mais do que a vantagem que os cassinos têm no blackjack, mas menos do que na roleta.
Para evitar esse viés, os pesquisadores sugerem que, quando cara ou coroa for usado em decisões importantes, a posição inicial da moeda seja mantida em segredo antes do lançamento.
O estudo foi publicado no servidor de pré-impressão arXiv, oferecendo nova perspectiva sobre um simples gesto que muitos tomam como puramente aleatório.
O post Chances de cada lado no cara ou coroa, estranhamente, não são 50/50; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.