Se existe um peixe que toma a cena quando o assunto é saúde é o salmão. É comum ver profissionais da saúde incentivando o consumo devido a sua vasta densidade nutricional, como a presença de proteínas, selênio e iodeto.
Contudo, alguns aspectos na escolha desse alimento deixam dúvidas sobre a qualidade nutricional, já que existem diferentes tipos, como sockeye ou prateado, selvagem ou criado em viveiro.
Na tentativa de desvendar sobre os reais benefícios, os pesquisadores da Universidade Dalhousie, no Canadá, descobriram que o valor nutricional do salmão pode variar dependendo da espécie.
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Para os consumidores, o salmão de viveiro e o salmão capturado na natureza se diferenciam tanto nos seus nutrientes quanto nos níveis de contaminantes. De acordo com a pesquisa, as duas espécies mais vendidas, a sockeye selvagem e o chinook selvagem, são as mais “densas em nutrientes”.
O salmão do Atlântico de viveiro não decepcionou tanto nos níveis de ômega-3, contendo níveis ligeiramente mais baixos dessa gordura, de proteínas e outros nutrientes saudáveis.
Já o salmão rosa selvagem do Pacífico tende a ter menos desses nutrientes do que os outros tipos, independentemente de serem cultivados ou selvagens.
Vale frisar que os valores nutricionais no estudo foram baseados em médias. Fatores como o tipo de alimentação dada ao salmão de viveiro ou a época do ano em que o salmão foi capturado influenciavam nos níveis de gorduras saudáveis.
Apesar das variedades, todos os tipos de salmão que observaram eram resumidamente muito nutritivos.
Já no que diz respeito ao mercúrio e demais contaminantes, o estudo revelou algumas diferenças entre os tipos: a espécie do Atlântico cultivado, por exemplo, tende a ter níveis mais baixos de mercúrio em relação as variedades capturadas na natureza.
Níveis seguros de mercúrio A revelação animadora é que todas as amostras do alimento continham níveis de mercúrio muito abaixo dos padrões internacionais de segurança.
Apesar do nosso organismo produzir o ômega-3, alimentos fontes desse nutriente colaboram para que o corpo e cérebro garantam as vantagens fornecidas por ele, como proteção do declínio cognitivo, prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
A Sociedade Americana do Coração recomenda a ingestão de 90 g (duas porções) de peixes por semana, com destaque para os gordurosos, como o salmão. Pelo visto, o salmão, independentemente da espécie, segue sendo uma excelente e segura opção à saúde.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica